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Riscos do uso incorreto de medicações pelos idosos

23 de março de 2007 (Bibliomed). Os indivíduos idosos costumam necessitar do uso de diversos medicamentos, a fim de controlar as doenças comuns da velhice. Porém, muitas vezes é excessivo o número de fármacos que são prescritos, fato que pode gerar confusão na hora de tomar a medicação, sobretudo dentre os idosos que não recebem ajuda de algum cuidador. Tal confusão, quanto à dose e horário correto de receber os medicamentos, incorre em diversos riscos para a saúde e associa-se com o surgimento de complicações por vezes graves.

Com o objetivo de esclarecer quais os erros mais comuns, que ocorrem na hora de tomar as medicações, um grupo de pesquisadores norte americanos escreveu um estudo na revista Journal of the American Geriatrics Society, em fevereiro de 2007. Foram acompanhados 30.000 idosos, durante um ano, a fim de definir a ocorrência destes erros e suas conseqüências.

Verificou-se que a maioria dos erros que resultaram em eventos adversos, ocorreu na hora da administração dos fármacos (31,8%), após a modificação da dose e horários dos medicamentos (41,9%) e como resultado da não informação ao médico do uso regular de outros medicamentos, que poderiam interagir com os novos fármacos prescritos (21,7%).

Os medicamentos que mais conduziram a eventos colaterais, conseqüentes ao uso incorreto, foram os hipoglicemiantes orais (usados no controle do diabetes), fármacos que atuam no sistema cardiovascular (ex: medicações para a pressão alta), anticoagulantes e diuréticos. Além disso, percebeu-se que quanto maior o número de medicamentos que o idoso precisava tomar, maior a chance de ocorrerem erros posológicos e reações adversas.

Assim, os autores concluem que deve haver uma racionalização na prescrição de fármacos aos idosos, bem como é necessário adotar estratégias que minimizem a chance de erros, no momento da administração dos medicamentos.

Fonte: Journal of the American Geriatrics Society 2007; 55 (2): 271 – 276 (February).

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