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Relatório Detecta Provável Queda de Fumo Entre Jovens dos EUA

Por Emma Patten-Hitt ATLANTA (Reuters Health) - O número de alunos de segundo grau nos Estados Unidos que começam a fumar pode ter se estabilizado ou mesmo diminuído durante os últimos anos da década de 90, sugere um novo estudo.

A tendência é animadora, dizem especialistas em saúde, porque vem depois de anos de taxas de fumo aumentadas entre adolescentes.

Os pesquisadores observaram que enquanto o número de alunos do segundo grau do sexo masculino fumantes parece ter diminuído de 37,7 por cento para 34,7 por cento entre 1997 e 1999, a taxa de garotas fumantes manteve-se entre 34,7 por e 34,9 por cento no mesmo período.

As taxas de fumo entre estudantes negros caíram de 22,7 por cento para 19,7 por cento entre 1997 e 1999.

"Entre estudantes negros homens a estabilização ou possível declínio no fumo foi particularmente notável", conforme o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que publicou o relatório com os dados na quinta-feira.

As taxas de fumo entre as alunas de segundo grau negras caíram de 28,2 por cento para 21,8 por cento no mesmo período.

O relatório, baseado nas análises do CDC da pesquisa nacional Levantamento do Comportamento de Risco na Juventude (YRBS), está publicado na edição de 25 de agosto do Morbidity and Mortality Weekly Report (Relatório Semanal sobre Mortalidade e Morbidade).

Os autores apontaram que apesar da estabilização ou possível declínio nas atuais taxas de fumo entre jovens, esta tendência pode estar sendo limitada a determinados grupos como homens, negros e estudantes da 9a. série (equivalente ao primeiro ano do segundo grau).

Além disso, aqueles que fumavam frequentemente, isto é, mais de 20 cigarros nos últimos 30 dias não mostraram padrão de estabilização ou declínio.

Na contagem global, o fumo entre os alunos do segundo grau aumentou de 27,5 por cento para 36,4 por cento entre 1991 e 1997 com uma aparente queda para 34,8 por cento em 1999.

"Estamos entusiasmados porque percebemos um tendência global em que os níveis de fumo estão potencialmente começando a cair, mas, como não observamos esta queda de maneira uniforme entre todas as idades, gêneros, grupos étnicos, ainda estamos atentos", disse à Reuters Health, Terry F. Pechacek, diretor associado para ciências do Centro Nacional para Prevenção de Doenças Crônicas e Promoção da Saúde do CDC.

"Não estamos observando uma queda entre estudantes mais velhos ou entre aqueles que fumam com mais frequência", disse Pechacek. "Isto é um sinal de alerta, já que os jovens atingem um estágio em que usam (tabaco) frequentemente, em padrões mais próximos aos de adultos e têm dificuldade para parar de fumar. Precisamos alcançá-los e oferecer programas efetivos cedo", afirmou.

"As taxas de fumo entre adolescentes poderiam ser cortadas pela metade em uma década se o país implementasse todos os recursos antifumo reconhecidamente efetivos", conforme um comunicado divulgado pelo CDC.

Sinopse preparada por Reuters Health

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