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Você sabe o que seus filhos vêem na internet?

23 de fevereiro de 2007 (Bibliomed). O advento da internet trouxe, sem sombra de dúvidas, uma melhora no acesso à informação e uma facilidade de comunicação em qualquer parte do mundo, de uma forma jamais vista na história. Com a universalização do acesso à internet, de uma forma pouco dispendiosa, um sem número de pessoas tem, em casa, a possibilidade de obter conhecimentos novos e de vanguarda de uma forma rápida e segura.

No entanto, toda esta facilitação trazida pela rede mundial de computadores tem alguns aspectos ruins. Muitas informações veiculadas nos mais diversos sites são de cunho ilegal ou visam lesar os usuários que os acessam. E um dos principais alvos das pessoas de má índole que usam a internet para fins ilegais são as crianças e os adolescentes. Existem algumas formas de bloquear o acesso a determinados sites considerados impróprios para menores, porém não são todos os lares que possuem esta forma de controlar o que os filhos estão vendo no computador.

Um tipo de site que costuma ser censurado para menores de idade são aqueles que veiculam pornografia. Porém, não se sabe ao certo a quantidade de adolescentes e crianças que os acessam, mesmo com a proibição paterna. Com o objetivo de avaliar este aspecto, um grupo de pesquisadores escreveu um estudo na revista Pediatrics em Fevereiro de 2007.

O estudo avaliou a freqüência com que adolescentes acessavam sites de pornografia na internet, bem como procurou identificar os riscos associados a tal atitude. Foram selecionados 1.500 adolescentes, de idades entre 10 e 17 anos, os quais responderam um questionário sobre o que costumavam ver na internet.

Os resultados da pesquisa demonstraram que quase metade dos entrevistados afirmou ter acessado sites pornográficos nos últimos doze meses. Desses que afirmaram o acesso, dois em cada três disse que entrou nos endereços de pornografia sem querer, ou seja, não apresentou intenção de explorar o conteúdo dos sites.

Foi verificado que o uso de bloqueadores de sites indesejados foi capaz de inibir o acesso involuntário a endereços que veiculam pornografia. Dentre os adolescentes que acessaram voluntariamente os sites pornográficos, identificou-se que a maioria eram do sexo masculino e que o acesso visava a obtenção de imagens e vídeos, além da possibilidade de conversar sobre sexo com pessoas desconhecidas.

Notou-se uma maior ocorrência de depressão nos que visitaram os sites de pornografia, bem como de distúrbios de comportamento (ex: delinqüência juvenil). Com isso, percebe-se a necessidade de um maior controle acerca do tipo de informação que os adolescentes buscam na internet, bem como é necessário que os pais utilizem filtros ou de outros métodos para impedir que os seus filhos tenham acesso irrestrito a sites pornográficos.

Fonte: Pediatrics; 119 (2): 247 – 257. (February 2007); doi:10.1542/peds.2006-1891

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