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O Ministério da Saúde realizou neste sábado , dia 19 de agosto, a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação Infantil. Mais de 16,5 milhões de crianças menores de cinco anos tomaram a segunda dose contra a poliomielite.
A mobilização também tem o objetivo de vacinar, seletivamente, as menores de onze anos que não receberam a dose contra o sarampo. Crianças de 9 a 11 meses, não vacinadas anteriormente, vão ser imunizadas contra o sarampo em todos os estados, com exceção do Distrito Federal.
Já a dupla viral (contra sarampo e rubéola) foi aplicada nas crianças de 1 a 11 anos – que não foram vacinadas na primeira etapa da campanha – em toda a Região Norte e nos estados de Pernambuco e Alagoas. Também recebem essa dose todas as crianças de 1 a 4 anos que não foram ainda imunizadas em 18 estados (MA, PI, CE, RN, PB, SE, BA, MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS, MS, MT, GO e DF).
A segunda etapa da campanha representa uma grande oportunidade para os municípios que não alcançaram a meta de vacinar pelo menos 95% das crianças contra o sarampo atinjam agora esse patamar.
Levantamento feito pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) mostra que 10 estados se encontram nessa situação: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rio Grande do Norte, Alagoas, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia.
O governo federal destinou R$ 62,5 milhões para a realização das duas etapas da campanha. Desse total, R$ 37,9 milhões foram gastos na compra de 67,6 milhões de doses de vacinas, R$ 3,4 milhões na compra de seringas e R$ 21,1 milhões repassados às secretarias estaduais de Saúde para a infra-estrutura da campanha.
A segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação Infantil contou 131 mil postos de vacinação, 510 mil pessoas envolvidas, 36 mil veículos, 2,6 mil embarcações e sete aeronaves. Apesar da mobilização nacional, o Ministério da Saúde mantém a vacinação de rotina nos postos de todo o país.
Erradicação
O sarampo é uma doença contagiosa que pode ser erradicada a partir da vacinação, única forma de evitar o surgimento de surtos ou epidemias. Para interromper a cadeia de transmissão do sarampo, é necessário garantir que, no mínimo, 95% das crianças estejam vacinadas. Esse percentual deve ser homogêneo, igual em todos os municípios brasileiros. O Brasil assumiu o compromisso de erradicar o sarampo até o final do ano.
Em relação à poliomielite, mesmo as crianças em dia com a vacina devem participar da campanha. Quando a dose é aplicada, introduz-se uma forma atenuada do vírus no organismo, permitindo a criação de defesas para combater o “vírus selvagem”, transmissor da pólio.
Todos os municípios devem garantir a vacinação de pelo menos 90% das crianças contra a doença. Dessa forma, é possível manter a pólio erradicada no Brasil e contribuir para a sua erradicação no mundo.
Publicidade
O Ministério da Saúde está promovendo uma campanha publicitária com o objetivo de informar e convocar a sociedade brasileira para a mobilização. Foram utilizados cartazes, outdoors, folhetos, peças para televisão, rádio, sistema de som em supermercados e painel eletrônico.
O material tem como slogan “Tudo é mais difícil em uma cadeira de rodas. Vacine seu filho”. Trata-se de um meio eficiente de chamar a atenção dos pais e alertá-los sobre a necessidade de vacinar as crianças.
Sucesso da primeira etapa
O balanço da primeira etapa da campanha de vacinação, realizada em 17 de junho, aponta para a imunização de 16,6 milhões de crianças contra poliomielite e 15,9 milhões contra o sarampo. Os dados coletados pela Funasa nas secretarias estaduais de Saúde indicam que 100% das crianças se vacinaram contra a poliomielite e que 94,52% se protegeram contra o sarampo.
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