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Canadá Cria Fundo Para Combater Poluentes na Região Ártica

OTTAWA (Reuters) - O governo canadense anunciou na segunda-feira que estabeleceu um fundo de 13,5 milhões de dólares para ajudar os países em desenvolvimento a reduzir a produção de poluentes orgânicos persistentes (POPs), que estão aumentando rapidamente nas regiões árticas do país.

Alguns especialistas associam os POPs - que viajam enormes distâncias através da água e do ar - a câncer, defeitos congênitos e várias anomalias genéticas. Os poluentes abrangem desde pesticidas comuns como DDT a subprodutos industriais como bifenis policloretados (PCBs) e dioxinas.

O Ministro do Meio Ambiente do Canadá, David Anderson, disse que o novo fundo que será administrado pelo Banco Mundial deve fornecer apoio financeiro a diversos projetos.

"Os passos dados para reduzir ou eliminar os POPs podem levar a mensuráveis melhorias ambientais. Este fundo e um acordo internacional para redução dos poluentes vai contribuir para a proteção da saúde dos canadenses e da população global", disse o ministro em Iqaluit, capital do território ártico de Nunavut.

A Organização das Nações Unidas (ONU) está presidindo uma série de conversações prolongadas para reduzir a produção de POPs (sigla em inglês para persistent organic pollutants) em nações em desenvolvimento, mas as divergências sobre quem vai pagar significa que o acordo ainda não foi obtido.

Altos níveis de poluentes orgânicos têm sido encontrados no leite materno de mulheres na região ártica, assim como nas carnes de foca e de baleia, que servem de fonte alimentar para os habitantes de áreas mais remotas da região.

Uma preocupação particular é a evidência de que os PCBs são usados como fluídos para troca de calor e como aditivos em tintas e plástico.

Os níveis de PCBs no leite materno das mulheres da região ártica são cinco vezes mais altos que os encontrados no sul do Canadá, enquanto a concentração de PCBs no sangue dos adultos no Ártico é sete vezes maior que a média detectada entre os adultos norte-americanos.

Sinopse preparada por Reuters Health

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