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05 de Novembro de 2002 (Bibliomed). Os cientistas não param de descobrir benefícios no ato de amamentar – tanto para as mulheres quanto para os bebês. Um novo estudo mostrou que quanto mais a mulher amamenta menor o risco dela desenvolver artrite reumatóide – doença que surge quando o sistema imunológico, por razões desconhecidas, agride por engano as articulações, provocando inflamação, inchaço e dor. Com o tempo, esse processo desgasta os ossos e os tecidos moles no interior das articulações.
A equipe de Elizabeth W. Karlson, do Brigham and Women's Hospital, em Boston (Massachusetts, EUA) acompanhou 80 mil mulheres de 11 estados norte-americanos, que participaram entre 1976 e 2000 do Estudo de Saúde das Enfermeiras, ainda em andamento. Os pesquisadores avaliaram a influência de vários fatores de risco hormonais e reprodutivos, que incluíam a idade da primeira menstruação, o número de filhos, a idade do primeiro parto e o tempo total despendido com a amamentação.
No total, 623 mulheres desenvolveram artrite reumatóide durante o período. As participantes sem filhos apresentaram risco maior de ter a doença que as mães. Entre estas últimas, aquelas que passaram pelo menos 2 anos alimentando suas crianças ao seio tiveram uma probabilidade 50% menor de desenvolver artrite reumatóide que as mães que amamentaram os bebês por menos de 3 meses. A relação entre o tempo da amamentação e a redução da probabilidade de ter artrite reumatóide se manteve mesmo quando se considerou o tabagismo.
A equipe não encontrou ligação entre nenhum outro fator reprodutivo ou hormonal e o risco de ter artrite reumatóide. Os pesquisadores ainda desconhecem a razão exata dessa associação, mas suspeitam que seja causada por algum fator hormonal aumentado durante o aleitamento. Os resultados da pesquisa foram divulgados na última semana, durante o encontro anual da Sociedade Americana de Reumatologia, em Nova Orleans.
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