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Soja reduz níveis de insulina e colesterol em diabéticas

07 de Outubro de 2002 (Bibliomed). Mulheres mais velhas afetadas pela diabete tipo 2 apresentam melhora nos níveis de colesterol e insulina quando consomem suplementos de soja diariamente. Esse é o resultado de um pequeno estudo britânico, que sugere que a soja reduz o risco de doenças cardiovasculares, como enfarte e derrame, em grupos que já passaram pela menopausa. E o melhor: sem efeitos colaterais. “O fato da TRH (terapia de reposição hormonal) ter caído em desgraça torna mais importante priorizar alternativas. O uso da soja e derivados exigem avaliação mais urgente”, disse Vijay Jayagopal, coordenador da pesquisa, na edição de outubro do Diabetes Care.

O estudo foi realizado no Hospital Real de Hull, no Reino Unido, com 32 voluntárias. Durante doze semanas, um grupo consumiu suplemento de soja e o outro tomou placebo. A dose de isoflavonas (antioxidante presente na soja) foi maior que a quantidade consumida em países asiáticos, onde as taxas de doenças cardíacas são menores e a base da dieta é a soja. Após duas semanas em que todas as mulheres se alimentaram normalmente, as voluntárias trocaram de tratamento pelas 12 semanas seguintes. Elas usaram um suplemento diário com 30 gramas de proteína de soja e 132 miligramas de isoflavonas.

Segundo os pesquisadores, o consumo do suplemento de soja ocasionou uma redução de 8% no nível de insulina em jejum e uma melhora no controle a longo prazo da glicose sanguínea, provavelmente devido a seus efeitos sobre o colesterol total e sobre LDL (colesterol ruim). O colesterol total caiu cerca de 4% e o LDL caiu 7%, depois das 12 semanas. Não houve efeito sobre o peso, pressão sanguínea, HDL (colesterol bom) e triglicerídeos (tipo de gordura sanguínea associada à doença cardíaca), assim como nos níveis de hormônios, como estrogênio ou testosterona.

Apesar dos resultados positivos, os pesquisadores ressaltaram que ainda é muito cedo para fazer qualquer tipo de recomendação, já que não ficou clara a quantidade de soja necessária para oferecer proteção cardiovascular e qual seria a forma mais eficaz de consumo.