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Androstenediona: conheça os riscos desse suplemento de musculação

15 de março de 2023 (Bibliomed). A androstenediona é um daqueles suplementos que foi vendido para atletas por anos como um caminho rápido para músculos protuberantes e altos níveis de testosterona, mas traz alguns perigos graves.

Também conhecido como "andro", o suplemento dietético já foi anunciado para melhorar o desempenho atlético, estimulando o crescimento muscular e aumentando os níveis de testosterona. Mas, uma vez que entra no corpo, age como um esteroide e pode representar riscos de saúde semelhantes.

Desde 2004, a androstenediona é classificada nos Estados Unidos como um esteroide anabolizante e seu uso é proibido para atletas.

A U.S. Food and Drug Administration, agência dos EUA responsável por controlar medicamentos e alimentos, explica que a androstenediona está associada a vários efeitos colaterais. Seu uso prolongado por homens pode resultar em atrofia testicular, impotência e desenvolvimento de características femininas, como aumento dos seios.

Em mulheres, o uso de androstenediona pode resultar no desenvolvimento de características masculinas, como calvície, engrossamento da voz, aumento dos pelos faciais e do clitóris. Além disso, pode afetar o ciclo menstrual, levar a sangramentos anormais e aumentar o risco de coágulos sanguíneos, câncer de mama e de endométrio.

Os suplementos de androstenediona, quando administrados em crianças e adolescentes, podem levar ao início precoce da puberdade e interrupção prematura do crescimento. Em qualquer faixa etária, a androstenediona pode causar lesões no coração e aumentam o risco de acidente vascular cerebral (AVC).

Os pesquisadores também chamam atenção para a interação medicamentosa. A androstenediona pode interagir com outros medicamentos, incluindo para asma, artrite, cânceres e HIV, afetando o tratamento dessas e outras doenças.

Para os autores, mesmo que os suplementos pareçam ter benefícios a curto prazo, eles trazem riscos significativos à saúde a longo prazo.

Fonte: Molecules. DOI: 10.3390/molecules26206210.

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