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26 de Junho de 2002 (Bibliomed). Um grupo de cientistas americanos acaba de dar um passo significativo na busca de cura para o câncer de mama. Eles identificaram seis novos genes que, segundo os estudiosos, participariam do desenvolvimento de alguns tipos de câncer de mama de origem genética.
A notícia foi publicada na última semana na revista Science. A constatação eleva para oito o número de genes que já foram identificados como preponderantes no desenvolvimento de certos tipos de câncer com influência de fatores hereditários. Até o momento, se conhecia o papel dos genes BRCA1 e BRCA2 na predisposição à enfermidade.
Os pesquisadores são membros do Instituto de Câncer Ana-Farber e do Hospital de Crianças de Boston. Quando investigavam uma rara doença infantil, a anemia de Fanconi, eles descobriram que um erro em qualquer dos seis genes envolvidos nessa enfermidade aumenta o risco de desenvolver o câncer de mama.
A descoberta aconteceu depois de mais de dez anos de estudos sobre a anemia de Fanconi, que é uma doença hereditária que afeta a medula óssea. A doença atinge apenas 500 famílias nos Estados Unidos. As crianças doentes, quando chegam vivas até a adolescência, desenvolvem leucemia ou outras formas de câncer em sua grande maioria.
Segundo Alan D´Andrea, principal autor do estudo, a análise das mutações desses outros seis genes poderá se transformar numa parte rotineira da estimativa do câncer de mama. Esse tipo de doença, quando ocorre associado a algum tipo de mutação genética, representa menos de 10% dos cânceres de mama, segundo estatísticas da Sociedade Americana de Oncologia Clínica.
O câncer de mama, somando todas as causas, leva ao óbito cerca de 400 mil mulheres ao ano em todo o mundo, sendo examinados 800 mil novos casos no mesmo período. Esse tipo de câncer é a segunda causa de mortalidade entre a população do sexo feminino, atrás apenas do câncer de pulmão.
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