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27 de Março de 2002 (Bibliomed). A partir do ano que vem, em vez de dois milhões de preservativos, o governo vai distribuir cerca de quatro milhões de camisinhas femininas para as mulheres que pertencem a grupos considerados com maior risco de contaminação pelo vírus da Aids.
O objetivo do aumento na distribuição é reduzir os riscos de transmissão em mulheres consideradas muito vulneráveis como prostitutas, usuárias de drogas injetáveis, parceiras de drogados, etc. A intenção é manter a distribuição limitada a esses grupos porque o custo da camisinha feminina ainda é muito alto. Para a compra dos quatro milhões de preservativos, o governo vai gastar US$ 1,2 milhão em 2003.
Em julho do ano que vem, as novas camisinhas começarão a chegar nos programas de prevenção da Aids, em todo o País. Uma das vantagens da camisinha feminina é que ela permite que a mulher se proteja principalmente nos casos em que o parceiro é resistente ao uso do preservativo.
Segundo Paulo Teixeira, coordenador Nacional de Aids, essa alternativa para a prevenção foi aprovada pelas mulheres que testaram o produto. De um total de 2,5 mil mulheres que participaram de um estudo feito pelo Ministério da Saúde, em 1999, 70% consideraram o método muito bom.
A decisão do Ministério da Saúde de aumentar a distribuição do preservativo feminino coloca o Brasil na categoria de único país do mundo que fornece preservativos femininos em larga escala.
Além de dobrar a distribuição do produto em todo o País, a Coordenação Nacional de Aids está realizando campanhas estimulando o uso do preservativo. No último dia 19, foi lançado, no Rio de Janeiro, durante um seminário de avaliação de experiências com a distribuição do preservativo em todo o estado, um vídeo que ensina a usar a camisinha, já que seu uso exige que a mulher aprenda primeiro como fazer a introdução correta do preservativo na vagina.
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