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Campanha faz exame gratuito para diagnosticar câncer de pele

Belo Horizonte, 23 de Novembro de 2001 (Bibliomed). A Sociedade Brasileira de Dermatologia lança, amanhã, a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele, que será realizada pelo terceiro ano consecutivo. Cento e trinta e sete postos espalhados em 52 municípios brasileiros vão realizar exames gratuitos para diagnosticar os casos da doença, encaminhando os pacientes para tratamento.

Anualmente, o Brasil registra 55 mil novos casos da doença. O objetivo da campanha é também orientar a população sobre as formas de prevenir o surgimento do câncer de pele. Cerca de mil dermatologistas estarão de plantão nos postos fazendo o atendimento e distribuindo panfletos educativos.

Deve participar da campanha quem tem pele e olhos claros, sardas e antecedentes de câncer de pele, inclusive com histórico familiar, devem comparecer aos postos. O exame também é indicado para quem tem ferimentos que não cicatrizam, pintas, sinais e verrugas que crescem ou mudam de cor.

No ano passado, apenas na região Sudeste, foram examinadas aproximadamente 14,7 mil pessoas. Dessas, 1,1 mil tiveram o problema diagnosticado. Em todo o País, foram atendidas, em 2000, cerca de 24,4 mil pessoas. Mais de 60% dos brasileiros que buscaram os postos eram mulheres.

Os dados da campanha do ano passado revelaram que as pessoas com pele branca usam mais protetor solar do que as demais. Os negros são os que menos se expõem ao sol. Pela avaliação dos dermatologistas, os homens apresentaram maior incidência de câncer do que as mulheres. A média de idade de pacientes com câncer de pele foi de 59,6 anos. As radiações UV-A e UV-B são as maiores inimigas da pele.

Os raios UV-A, que incidem uniformemente durante todo o dia, penetram nas camadas mais profundas da pele. Em médio e longo prazo, eles provocam o envelhecimento cutâneo, a perda da elasticidade, manchas e até câncer de pele. Já os raios UV-B incidem, principalmente, das 10h às 16h, provocando vermelhidão na pele. Após exposições prolongadas, esses raios podem causar queimaduras graves, bolhas, descamação e lesões que favorecem o aparecimento do câncer.

Os especialistas alertam que a prevenção deve ser feita com o uso de chapéus, bonés e óculos escuros. Também é importante evitar o sol das 10h às 16h. Os filtros solares devem ser acompanhantes inseparáveis da pele. O fator de proteção é variável conforme o tipo de pele.

Pessoas morenas ou negras devem adotar fatores de 2 a 4. Para peles claras, com sardas e olhos azuis, o fator indicado varia de 20 a 30. A média das pessoas brancas normais deve usar fatores entre 8 e 15.

Os casos de câncer de pele são mais comuns em pessoas expostas ao sol por longos períodos. Os sinais mais comuns do surgimento da doença são mudanças na pele aparentemente inocentes, como feridas que não saram e pequenas lesões endurecidas, brilhantes e avermelhadas.

Em homens, as lesões são mais comuns no tronco, cabeça e pescoço. Nas mulheres, nos braços e pernas. Os tipos mais comuns da doença são o carcinoma basocelular (cerca de 70% dos casos), que costuma ocorrer após os 40 anos; o carcinoma espinocelular; e o melanoma, tipo mais perigoso e com alto potencial de produzir metástase.

Outras informações sobre a campanha e os endereços de todos os postos de atendimento no Brasil podem ser obtidas pelo telefone 0800-701 73 23.

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