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Belo Horizonte, 10 de Outubro de 2001 (Bibliomed). Pesquisa realizada recentemente pelo Centro de Saúde Geraldo de Paula Souza, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) revelou que o condiloma ocupa o primeiro lugar entre as doenças sexualmente transmissíveis, no estado. O condiloma é uma doença causada pelo vírus HPV que, em mulheres, pode levar ao câncer de colo de útero.
O estudo, coordenado pelo dermatologista Luiz Jorge Fagundes, foi feito com 353 pacientes, sendo 295 homens e 58 mulheres, atendidos entre os meses de janeiro e agosto deste ano.
A Segunda colocada no ranking foi a UNG (uretrite não gonocócica) que nem aparecia na lista das cinco DSTs mais freqüentes, há dez anos. A sífilis se manteve na terceira posição. Segundo dados levantados pelos pesquisadores, entre 1991 e 1997, ocorreu um grande aumento da sífilis congênita, o que explica a grande ocorrência de casos em adultos. Eles alertam que, se a doença for diagnosticada no pré-natal a mãe pode ser tratada, evitando assim a contaminação da criança.
Fagundes lembra que a pesquisa pode não espelhar o quadro atual das DSTs em São Paulo, já que a amostragem foi restrita ao centro de saúde. Entretanto, ela é um indicativo de que as DSTs estão em ascensão, o que alerta para o risco do aumento dos casos de Aids. De acordo com o pesquisador, a maior incidência de DSTs está relacionada ao aumento da multiplicidade de parceiros, ao não uso de preservativos e ao fato de as pessoas não acreditarem que podem contrair doenças.
A ocorrência de casos de Aids não foi avaliada no estudo porque o centro não trata pacientes acometidos pela doença.
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