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Leishmaniose visceral mata aposentado em Araçatuba

Belo Horizonte, 09 de Outubro de 2001 (Bibliomed). O aposentado Jesus José de Lima, morreu no final da última semana, na Santa Casa de Araçatuba, a 545 quilômetros de São Paulo. Ele é a quarta vítima fatal da doença desde que surgiram os primeiros casos, em 1999. O aposentado vinha sendo tratado em sua residência, no centro da cidade, e piorou repentinamente.

Em maio, um bebê de quatro meses de vida também morreu. Somente este ano, 20 moradores de Araçatuba já contraíram leishmaniose. São 40 casos no total. Nas últimas duas semanas, foi confirmada a contaminação de outras seis pessoas.

O protozoário leishmania, agente causador da doença, é transmitido pelo mosquito Lutzomiya longipalpis aos cães.

Os animais infectados adoecem e contaminam as pessoas. Em Araçatuba, a existência de lixões na periferia e a superpopulação de cães, estimada em 35 mil animais, favoreceram a ocorrência da leishmaniose do tipo visceral.

A cidade de 170 mil moradores tem dois cães para cada grupo de dez pessoas, o dobro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A Vigilância Sanitária Municipal reforçou a captura de cães nas ruas, para identificar os doentes e sacrificá-los. A medida, entretanto, não está dando resultados. Por isso, deverá ser iniciada ainda esta semana a castração dos animais para reduzir sua população.

Outra medida é a intensificação das campanhas educativas através dos meios de comunicação. Como o mosquito gosta de locais onde há lixo e principalmente sombra e umidade, as famílias devem manter seus quintais limpos, sem folhas secas acumuladas no chão. Essa medida pode impedir que o mosquito se procrie e contamine animais.

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