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Congresso de Prevenção à Aids traça estratégias para conter avanço da doença

Belo Horizonte, 17 de Setembro de 2001 (Bibliomed). Terminou no último dia 13, o IV Congresso Brasileiro de Prevenção à Aids e Doenças Sexualmente Transmissíveis. Representantes da sociedade civil, setores do governo, organismos nacionais e internacionais estiveram em Cuiabá, no Centro de Eventos do Pantanal para o evento.

O objetivo do encontro foi o de traçar novos parâmetros de intervenção em públicos específicos. Entre os segmentos assistidos estão os presidiários brasileiros e as populações vulneráveis, como travestis e michês.

Outra definição do Congresso diz respeito ao combate à doença nas fronteiras do País – corredores de tráfico de drogas, turismo e escoamento de produtos – onde a epidemia avança. No Norte e Centro-Oeste, a preocupação é impedir que o HIV atinja populações indígenas, garimpeiros e trabalhadores rurais.

Entre os usuários de droga, sobretudo dos países vizinhos, a troca de seringas será feita para evitar a proliferação do HIV pelo compartilhamento de agulhas infectadas.

A iniciativa será repassada do Mato Grosso do Sul para os demais estados da região. A Secretaria Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça, também vai aderir ao programa de redução de danos nos presídios, iniciando o processo de troca de seringas e agulhas para usuários de drogas injetáveis que estão privados da liberdade.

Os participantes do IV Congresso chegaram à conclusão de que o Sistema Único de Saúde (SUS) é o principal meio para a descentralização e a sustentação das ações preventivas e de assistência, além de ser o principal caminho para a democratização do programa de combate à epidemia.

Uma das necessidades constatadas foi a de que é preciso incluir no sistema público de saúde as populações que estão, atualmente, à margem dos serviços.

No início dos anos 90, o Banco Mundial fez uma previsão de que o Brasil entraria no século XXI com 1,2 milhão de portadores do HIV. Com os programas de prevenção e as campanhas, estima-se que o País ainda esteja na casa dos 597 mil infectados com o HIV.