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Fatores emocionais podem influir na síndrome do cólon irritável

NEW YORK, (Reuters Health)– Os resultados de dois novos estudos sugerem que as emoções de uma pessoa e o seu estado mental podem produzir efeitos no sistema digestivo, particularmente em pessoas com a chamada síndrome do cólon irritável.

Os sintomas da síndrome do cólon irritável variam de pessoa para pessoa, mas podem incluir dor abdominal, constipação, diarréia e flatulência. A causa básica da doença que acomete principalmente mulheres é indeterminada.

Tanto o stress, quanto problemas psiquiátricos podem agravar os sintomas desta síndrome, de acordo com o Dr. Svein Blomhoff e colegas do National Hospital em Oslo, Norway. Em um desses dois estudos publicado no Journal Digestive Diseases and Sciences, os pesquisadores testaram os efeitos de várias emoções diferentes no trato digestivo de mulheres com a síndrome do cólon irritável, incluindo algumas com distúrbios psiquiátricos e outras que não apresentaram nenhum sinal de doença mental. Eles também testaram os impactos dessas emoções em mulheres que não tinham a síndrome do cólon irritável.

Em 70% a 77% do tempo, os músculos do reto responderam, ora com relaxamento, ora com contração, a palavras associadas à raiva, tristeza ou ansiedade. Os pesquisadores constataram que as reações à tristeza e à ansiedade em mulheres com a síndrome foram maiores.

“A descoberta demonstra uma íntima ligação entre mente, cérebro e intestino”, escreve o Dr. Blomhoff. Em outro estudo a mesma equipe de pesquisadores descobriu que as pessoas com síndrome do cólon irritável possuem maior tônus retal do que as pessoas sem a doença, o que pode induzir à constipação. Entre as mulheres que tinham síndrome do cólon irritável, aquelas que tinham algum distúrbio mental apresentaram maior tônus retal do que aquelas sem doença mental, mas essa diferença não foi significante.

O estudo conclui que novas descobertas precisam ser confirmadas em futuros estudos e que, ao se tratar pessoas com síndrome do cólon irritável, os médicos devem considerar o estado emocional e psíquico dos pacientes.

Digestive Diseases and Sciences 2000;45:1153-1159, 1160-1165.

Sinopse preparada por Reuters Health

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