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Vacina contra febre amarela causa mais uma morte

Belo Horizonte, 01 de Agosto de 2001 (Bibliomed). Mais uma morte causada por complicações após a vacinação contra a febre amarela foi registrada no Brasil este ano. O óbito da estudante Lilian Fernanda Maia dos Santos, 19 anos, ocorreu em março, em Minas Gerais.

Só no mês passado, no entanto, a Secretaria de Estado da Saúde admitiu o caso, afirmando que os exames comprovaram a presença do vírus vacinal nos órgãos da estudante.

Lilian recebeu a vacina em Belo Horizonte no início de março. Três dias depois ela começou a sentir náuseas e vômitos, vindo a desenvolver um quadro semelhante ao da febre amarela.

Familiares da estudante ainda não imunizados se recusam a tomar a dose contra a doença, apesar do grande número de casos registrados no Estado no primeiro semestre deste ano.

Os parentes suspeitam que as reações adversas à vacina podem ter causa genética, já que uma irmã de Lilian também desenvolveu a doença após receber a dose, há dois anos.

Outros dois casos de complicações após a vacinação contra a febre amarela foram registrados no Brasil em 1999 e 2000. Uma paciente morava em Goiás e a outra, em São Paulo.

Em todo o mundo, seis pessoas morreram depois de receber a dose. Especialistas investigam os casos e questionam a segurança da vacina. Uma comissão internacional concluiu que não há problemas com a dose e afirmam que o evento adverso foi causado por algum fator individual das pacientes.

Apesar das dúvidas, a comissão acredita que a doença é grave e com altos índices de mortalidade, o que é um indicativo para que a vacinação não seja abandonada.

Os pesquisadores estudam os eventos adversos e querem descobrir quais os riscos da vacina e em quantas pessoas o efeito contrário pode ocorrer. A vacina contra febre amarela é feita a partir de vírus vivos atenuados. Anualmente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) controla a produção de 100 milhões de doses.

Atualmente, no Brasil, a vacinação é recomendada nas regiões Norte, Centro-Oeste, no Maranhão e em municípios próximos à florestas em São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Piauí, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Apenas em Minas Gerais, este ano, foram registrados 32 casos de febre amarela silvestre, com 16 óbitos.

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