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Raiva provoca morte em São Paulo após quatro anos

Belo Horizonte, 31 de Julho de 2001 (eHealthLA). O estado de São Paulo registrou uma morte provocada pelo vírus da raiva na última semana. Desde 1997, não havia qualquer registro da doença. Iracema M. M., 52 anos, morreu em um hospital no município em Dracena, a 647 quilômetros a Noroeste da capital paulista.

A enfermidade foi confirmada após exame laboratorial realizado no Instituto Pasteur da Secretaria de Estado da Saúde. Foi identificada a presença do vírus da raiva da cepa canina, a mesma presente em gatos.

Familiares relataram aos técnicos de saúde que Iracema tinha uma gata. Vizinhos viram o animal brigar com um morcego um mês antes de atacar a dona na mão direita. A gata não foi mais encontrada.

Segundo relatos de familiares, Iracema apenas procurou uma farmácia para limpar a ferida. No dia 8 de julho, entretanto, sentiu-se mal. Com a piora do quadro, Iracema foi internada no dia 17 e morreu cinco dias depois.

O vírus da raiva é transmitido entre mamíferos. A cadeia de transmissão mais comum se dá em animais silvestres infectados por mordidas de morcegos que acabam mordendo cães e gatos. Uma vez manifestada, a raiva leva à morte.

Nos três últimos casos registrados no Estado, de 1994 a 1997, as vítimas foram mordidas por cães atacados por morcegos.

A raiva transmitida pelo cão está bastante controlada no Estado, com o sucesso de campanhas de imunização. A última vacinação, no entanto, ocorreu em agosto passado, quando a gata de Iracema não havia nascido.

Toda pessoa vítima de arranhões ou mordidas de animais mamíferos deve procurar o serviço médico. Apesar da ampla vacinação de cães e gatos, o vírus da raiva circula entre os morcegos e outros mamíferos não-domésticos.

Técnicos do município de Dracena ressaltaram que as intervenções para reparação na hidrelétrica Sérgio Motta, no rio Paraná, destruíram abrigos naturais dos morcegos. Uma vacinação de urgência contra raiva em cães e gatos foi iniciada no município.

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