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Cuidados com a boca da gestante e do bebê

Belo Horizonte, 18 de Julho de 2001 (eHealthLA). A higiene bucal de uma gestante está diretamente ligada à saúde de seu filho. Essa relação é mais próxima do que se pode imaginar. Pesquisas demonstram que uma mulher com periodontite (inflamação nas gengivas) tem sete vezes e meio mais risco de gerar crianças prematuras e de baixo peso.

Por isso, é recomendado à gestante cuidar de sua saúde bucal. Uma alimentação saudável, rica em cálcio e pobre em açúcar, a higienização adequada e consultas periódicas ao dentista são algumas recomendações.

Outro argumento utilizado pelos profissionais para reforçar a necessidade da atenção bucal da gestante é o fato de a mãe oferecer o maior risco na transmissão de doenças bucais ao bebê.

Isso, porque as crianças nascem livres de agentes causadores de cáries e o contato muito próximo entre mãe e filho pode propiciar a transmissão desses agentes.

Para amenizar os riscos, a mãe não deve: oferecer alimentos no talher usado por ela, dar beijos na boca da criança e soprar alimentos quentes.

Os estudos indicam que uma criança contaminada por microorganismos patogênicos, antes de dois anos de idade, terá chances dez vezes maiores de desenvolver cáries em comparação àquela infectada após os quatro anos.

Mas não bastam apenas os cuidados com a higiene bucal da mãe. Os dentistas apostam na intervenção precoce e na limpeza freqüente da boca do bebê como fatores de proteção ao desenvolvimento de cáries.

Assim como os cuidados com o umbigo e com assaduras, deve-se também dar atenção à boca da criança. A partir do segundo mês de vida, é recomendada a limpeza com gaze umedecida em água fervida ou filtrada. O hábito pode prevenir a candidíase, mais conhecida como sapinho.

A amamentação exclusiva no peito é outro método importante para se evitar problemas de má oclusão. Com o aparecimento dos primeiros dentes, aos seis meses, recomenda-se a primeira visita ao dentista. O mais interessante é que nessa fase o bebê nem costuma chorar.

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