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Competência e Auto-Estima São Fundamentais Para Felicidade

Por Charnicia E. Huggins

NOVA YORK (Reuters Health)
- Fama e fortuna podem ser atraentes, mas um novo estudo sugere que não bastam para preencher as necessidades psicológicas de uma pessoa. Por outro lado, competência e autonomia são essenciais na busca da felicidade.

"As pessoas não estão muito satisfeitas com dinheiro, luxo, popularidade e influência, mesmo quando conseguem isso", disse à Reuters Health o autor do estudo, Kennom M. Sheldon, da Universidade do Missouri, Columbia.

"O que realmente funciona é o envolvimento em atividades que elas mesmas escolham ou que tenham significado pessoal (autonomia), nas quais sejam razoavelmente eficientes ou hábeis (competência) e que lhes permita ter contato ou contribuir com outras pessoas (relacionamento)

Em dois estudos diferentes, a equipe de Sheldon tentou descobrir as bases da felicidade pedindo a grupos de estudantes que descrevessem o "evento pessoalmente mais satisfatório" da semana e do mês anterior.

Um dos estudos incluiu uma comparação entre um grupo de estudantes norte-americanos e um grupo de estudantes da Coréia do Sul.

Os resultados do estudo, publicados na edição de fevereiro do Journal of Personality and Social Psycology, mostraram que os estudantes identificaram a auto-estima, capacidade de relacionamento, autonomia e competência como os quatro elementos principais para experiências satisfatórias.

Os estudantes da Coréia do Sul ordenaram as qualidades de forma diferente, sendo mais propensos que os norte-americanos a colocar a capacidade de relacionamentos no topo da lista das necessidades psicológicas.

Certas necessidades podem ser "universais para seres humanos, mas a importância relativa que as pessoas atribuem a elas depende da extensão com que suas culturas estimulam e apoiam essas necessidades", explicou a equipe de Sheldon.

Em um terceiro estudo, a equipe de Sheldon pediu aos estudantes que identificassem o evento mais insatisfatório que tiveram durante um semestre. Um estudante relatou que "acabou um namoro de dois anos e oito meses".

Semelhante aos resultados dos dois primeiros estudos, os estudantes responderam com descrições de eventos que não se encaixaram às necessidades de auto-estima, capacidade de relacionamentos, autonomia e competência, indicou o artigo.

Nos três estudos, os estudantes avaliaram dinheiro ou luxo como pouco importantes para a satisfação pessoal -- ou a felicidade, observaram os autores.

"As pessoas sabem que o dinheiro e a fama não trazem felicidade", disse Sheldon. "É por isso que todos reconhecemos a verdade contida nessa frase, por isso parece fazer tanto sentido"

"Mas esquecemos de verificar o que é realmente importante para nós, o que é certo, o que é real (uma capacidade que todos temos)." Para ajudar os indivíduos a priorizar suas necessidades psicológicas, Sheldon ofereceu o seguinte conselho: "Dê um passo atrás e pergunte 'como estou me sentindo, o que estou fazendo é significativo para mim?"

"Se a resposta for 'não', faça mudanças", sugeriu o pesquisador.

Sinopse preparada por Reuters Health

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