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São Paulo, 6 de Fevereiro de 2001 (eHealthLA). Estima-se que cerca de 10% da população brasileira seja diabética e, segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, 41% destas pessoas tomam medicamentos, 29% fazem apenas dieta, 23% não seguem nenhum tratamento e 7% são dependentes de insulina.
Diante da importância e a prevalência da doença, em março deste ano, a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo promoverá o VI Simpósio Internacional, cujo tema é Diabetes & Risco Cardiovascular.
O evento acontecerá nos Estados Unidos, onde a prevalência da doença é ainda maior, antecedendo o congresso do American College, um dos mais importantes da Cardiologia.
Segundo a médica Silvia Lage, diretora científica da Sociedade, os diabéticos têm grandes chances de sofrer de doenças do coração.
“Isto significa que pessoas com antecedentes familiares de diabetes ou que apresentam outros fatores de risco, como fumo, colesterol elevado, sedentarismo e, principalmente, obesidade e hipertensão, devem adotar hábitos saudáveis de alimentação e comportamento, além de serem acompanhadas por um médico”, alerta Silvia.
Prevenção: Dieta e Exercícios
Muitas vezes, a simples adoção de uma dieta saudável e a prática regular de exercícios permite o controle da doença. Além do controle do açúcar, outro fator que deve pesar na mesa do diabético é a prevenção à obesidade. O excesso de gordura atrapalha a ação da insulina, mesmo que ela esteja em níveis adequados.
“Quem prefere comidas pouco nutritivas e vive se empanturrando de pizzas e hambúrgueres é candidato a se tornar um obeso”, alerta Fadlo Fraige Filho, endocrinologista e presidente da Associação Nacional de Assistência ao Diabético (Anad).
“A melhor dieta é a tradicional combinação de arroz, feijão, bife, salada e uma fruta”, afirma ele.
A ANAD lançou um selo de qualidade para recomendar artigos para diabéticos. Entre eles estão dois cursos em vídeo, um sobre atividades físicas e outro ensinando a fazer doces dietéticos.
A maior novidade, porém, são os alimentos que levam o selo de aprovação da entidade. “Detectamos uma grande desconfiança com relação aos produtos diet que estão no mercado. O carimbo é uma garantia de que aquela mercadoria é segura”, afirma o presidente da associação.
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