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Menino Ativista da Luta Anti-Aids Agoniza na África do Sul

11 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). O sul-africano Nkosi Johnson, ativista contra a Aids de 11 anos, estava na terça-feira agonizando em sua batalha desesperada contra a doença.

Nkosi, que se tornou uma figura pública na luta contra a pandemia de Aids que devasta a África, perdeu a capacidade de falar desde que seu cérebro foi afetado na semana passada com o avanço da Aids em seu corpo frágil.

Sua madrasta, Gail Johnson, que cria Nkosi desde que ele foi abandonado por sua mãe natural, portadora de Aids, quando tinha 2 anos, disse que não houve melhora e o garoto está prestes a morrer.

Nkosi tornou-se o porta-voz não-oficial da Aids em um país onde um em cada dez habitantes -- cerca de 4,2 milhões de pessoas -- vivem com a doença. A mensagem pelo sexo seguro e pelo tratamento com drogas como o AZT para deter a transmissão da doença de mãe para filho contrasta com a visão controversa do presidente Thabo Mbeki.

Mbeki questionou a ligação causal entre o HIV e a Aids, nomeou "dissidentes da Aids" para seu comitê e negou o uso dos medicamentos anti-retrovirais sob alegações de segurança e custos.

Nkosi será lembrado pelo momento em que subiu no palanque na abertura da maior conferência mundial de Aids em Durban, no ano passado, e se dirigiu diretamente ao presidente Mbeki, pedindo que permitisse o uso de AZT para mães grávidas e conclamou as pessoas a mudarem seu comportamento sexual.

O longo aplauso que o garoto recebeu em Durban contrastou com a recepção gelada dada a Mbeki quando usou seu discurso para falar do papel da pobreza em gerar a doença. A imprensa disse que Mbeki saiu do recinto durante a fala de Nkosi.

A mulher de Mbeki, Zanele, visitou Nkosi em sua casa em um subúrbio de Johanesburgo na segunda-feira. A imprensa também mencionou uma visita do chefe de gabinete de Mbeki, Frank Chikane, ao menino.

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