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Australianos Podem Processar Companhias Aéreas por Trombose

10 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). Cerca de 800 australianos assinaram contrato com uma firma de advocacia de Melbourne para processar 20 companhias aéreas globais pela chamada "síndrome da classe econômica", que provoca a formação de coágulos sanguíneos em passageiros obrigados a passar longos períodos imóveis.

O advogado Paul Henderson, da firma especializada em ações coletivas Slater & Gordon, disse que até abril sua firma vai decidir se levará adiante ações na justiça contra diversas companhias aéreas, incluindo a Qantas Airways, Air New Zealand, British Airways, Japan Airlines e Air Canada.

"Não estamos falando em prejuízos físicos pequenos", disse Henderson à Reuters. "Estamos falando em morte e danos graves."

A síndrome da classe econômica, ou trombose de veias profundas, ocorre quando se formam coágulos sanguíneos devido à falta de movimento em espaços restritos. Se um coágulo alcança o coração ou os pulmões, o resultado pode ser a morte imediata.

O problema pode ocorrer em qualquer situação em que pessoas sofram restrição de movimentos, mas recentemente vem sendo vinculado a vôos de longa duração, após uma série de mortes de passageiros, incluindo a de uma britânica de 28 anos ocorrida ao final de um vôo de 20 horas que partiu da Austrália em outubro passado.

No final de dezembro, um estudo conduzido por uma clínica no aeroporto de Narita, em Tóquio, revelou que, nos últimos oito anos, 25 passageiros morreram de trombose no aeroporto.

Mas, em outubro, uma equipe de cientistas holandeses afirmou que os vôos longos não aumentam os riscos de pacientes sofrerem coágulos sanguíneos.

Segundo Henderson, a maioria dos 800 clientes que assinaram contrato com sua firma é formada por pessoas que sofreram trombose em veias profundas. Trinta e seis dos casos envolvem mortes.

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