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Composto da henna poderia ajudar no tratamento da fibrose cística

01 de dezembro de 2025 (Bibliomed). A henna, um corante natural retirado da planta Lawsonia inermis, é muito utilizado na cultura indiana para fazer desenhos na pele ou para pintar cabelo, e agora mostra o potencial de ajudar no tratamento de doenças hepáticas graves. É o que indica estudo realizado na Universidade Metropolitana de Osaka, no Japão.

De acordo com os pesquisadores, os pigmentos extraídos da tintura podem ser usados para tratar a fibrose hepática, uma doença de difícil tratamento, frequentemente associada ao consumo excessivo de álcool. Na fibrose, o tecido cicatricial se acumula e substitui o tecido saudável, aumentando o risco de insuficiência hepática, câncer e cirrose. Existem poucos tratamentos disponíveis.

Um tratamento potencial no qual a henna poderia desempenhar um papel concentra-se nas células que normalmente mantêm o equilíbrio dentro do órgão. Quando essas células — conhecidas como células estreladas hepáticas ou CSHs — se desregulam, produzem tecido fibroso e colágeno em excesso, prejudicando a função hepática.

Os pesquisadores desenvolveram um sistema de triagem química que identifica substâncias que atuam diretamente nessas CSHs desreguladas. E esse sistema encontrou potencial na lawsone, a molécula de corante vermelho-alaranjado encontrada na árvore da henna.

Em testes com camundongos, o tratamento com lawsone reduziu marcadores importantes de fibrose hepática, incluindo YAP e COL1A. Além disso, a presença de um marcador ligado a funções antioxidantes sugeriu que as CSHs estavam retornando a tipos não fibróticos

Os pesquisadores explicam que, ao controlar a atividade dos fibroblastos, incluindo as células-tronco hematopoiéticas (HSCs), poder-se-ia potencialmente limitar ou até mesmo reverter os efeitos da fibrose. Agora, eles trabalham para desenvolver uma maneira de administrar o medicamento às HSCs ativadas, com o objetivo de disponibilizá-lo futuramente para pacientes com fibrose.

Fonte: Biomedicine & Pharmacotherapy. DOI: 10.1016/j.biopha.2025.118520.

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