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Socorristas do 11 de setembro têm maior risco de câncer de pulmão

11 de novembro de 2025 (Bibliomed). Estudo realizado na Universidade Stony Brook, nos Estados Unidos, mostrou que os socorristas que atenderam ao desabamento do World Trade Center (WTC) em 11 de setembro de 2001 têm um risco quase triplicado de câncer de pulmão, causados pela inalação de poeiras e gases resultantes do desabamento.

Para o estudo, os pesquisadores acompanharam mais de 12.000 socorristas do WTC, entre os quais 118 casos de câncer de pulmão foram diagnosticados entre julho de 2012 e dezembro de 2023. Todos os participantes preencheram um questionário detalhado que incluía o tempo passado no Marco Zero, sua exposição a poeira e odores e o uso de equipamentos de proteção.

Nem todas as exposições ocorreram nos primeiros dias e horas terríveis após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Muitos socorristas passaram meses escavando o Marco Zero, regularmente levantando nuvens de toxinas enquanto recuperavam corpos e removiam escombros.

O estudo constatou que aqueles mais diretamente expostos à poeira e aos vapores transportados pelo ar provenientes dos escombros do WTC tinham 2,9 vezes mais probabilidade de desenvolver câncer de pulmão. Aqueles moderadamente expostos à poeira e aos vapores apresentaram um risco 86% maior.

Os pesquisadores planejam continuar monitorando a saúde dos socorristas. Eles também pretendem aprimorar suas medições das toxinas específicas às quais a equipe de emergência foi exposta no Marco Zero.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2025.36655.

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