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22 de julho de 2025 (Bibliomed). Um novo estudo finlandês revelou que pessoas com predisposição genética ao comportamento sedentário correm maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares. A pesquisa é pioneira ao demonstrar, por meio de dados genômicos e de saúde de cerca de 330 mil finlandeses, que essa tendência genética pode aumentar em até 20% a probabilidade de desenvolver problemas como hipertensão, infarto e doenças cerebrovasculares.
Os cientistas desenvolveram um escore genético específico para avaliar a predisposição ao tempo de tela no lazer, uma das formas mais comuns de sedentarismo voluntário. Eles constataram que indivíduos com maior predisposição genética permanecem, em média, 30 minutos a mais por dia em comportamento sedentário e apresentam maior incidência de doenças cardiovasculares. Esses achados foram confirmados também em um grupo separado de 35 mil noruegueses.
Apesar de o sedentarismo possivelmente ter sido um traço evolutivamente selecionado, os pesquisadores reforçam que vale a pena manter-se ativo. Mesmo que a vontade de se exercitar nem sempre esteja presente, os benefícios da atividade física são significativos para a saúde física e mental.
A pesquisa reforçou a importância de políticas públicas e ações comunitárias que incentivem a prática de exercícios. Criar ambientes que favoreçam o movimento e estimulem o prazer na atividade física pode ser essencial para reduzir o impacto do sedentarismo, mesmo quando ele tem raízes genéticas.
Fonte: British Journal of Sports Medicine. DOI: 10.1136/bjsports-2024-109491.
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