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23 de junho de 2025 (Bibliomed). Um novo levantamento publicado na The Lancet Global Health revelou que a hemorragia obstétrica continua sendo a principal causa de mortalidade materna no mundo, respondendo por cerca de 27% das mortes durante a gravidez ou nas seis semanas após o parto.
A maioria dos óbitos por hemorragia ocorre no período pós-parto - fase que historicamente recebe menos atenção médica do que o pré-natal e o atendimento durante o parto. O dado é ainda mais preocupante porque existem intervenções clínicas eficazes que tornam essas mortes, em grande parte, evitáveis. No entanto, mulheres em países de baixa e média renda enfrentam barreiras significativas ao acesso a cuidados de saúde adequados.
Além da hemorragia, outras causas diretas de morte materna entre 2009 e 2020 incluem transtornos hipertensivos da gestação, como a pré-eclâmpsia, além de sepse, embolia e complicações relacionadas ao aborto. Doenças infecciosas e crônicas como HIV/AIDS, malária e diabetes também foram responsáveis por 23% das mortes ligadas à gravidez e ao parto.
Em 2020, a taxa global de mortalidade materna foi de 223 mortes para cada 100 mil nascidos vivos, número ainda muito superior à meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da OMS, que prevê menos de 70 mortes até 2030.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou a urgência de fortalecer os serviços de pré-natal, o atendimento obstétrico emergencial e o cuidado pós-parto, além de tratar condições de saúde preexistentes que aumentam os riscos para as mulheres.
Fonte: The Lancet Global Health. DOI: 10.1016/S2214-109X(24)00560-6.
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