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Fibrilação atrial é três vezes mais comum do que especialistas pensavam

24 de abril de 2025 (Bibliomed). O número de norte-americanos com uma condição de ritmo cardíaco potencialmente perigosa é três vezes maior do que se pensava anteriormente, afirma um novo estudo da Universidade da Califórnia, em São Francisco (UCSF), nos Estados Unidos. Estima-se que 5% da população do país (cerca de 10,5 milhões de adultos) tenha fibrilação atrial.

Estimativas anteriores indicavam que cerca de 3,3 milhões de adultos do país eram afetados pela condição, mas essas projeções não eram atualizadas há mais de duas décadas. A fibrilação atrial tem aumentado pelo menos na última década, impulsionada pelo envelhecimento da população. Taxas crescentes de pressão alta, diabetes e obesidade também estão contribuindo para que mais pessoas desenvolvam a condição.

Na fibrilação atrial, as câmaras superiores do coração, chamadas átrios, começam a bater irregularmente. Isso permite que o sangue se acumule e potencialmente coagule nos átrios, aumentando o risco de derrame. A fibrilação atrial não tratada aumenta em cinco vezes o risco de acidente vascular cerebral e dobra o risco de morte relacionada ao coração.

Para a nova estimativa, os pesquisadores analisaram os registros médicos de quase 30 milhões de adultos tratados na Califórnia entre 2005 e 2019. Cerca de 2 milhões desses pacientes foram diagnosticados com fibrilação atrial. O número de diagnósticos de fibrilação atrial cresceu ao longo do tempo, passando de cerca de 4,5% dos pacientes de 2005 a 2009 para 6,8% dos pacientes entre 2015 e 2019.

Depois de padronizar os dados para refletir todo o país, os pesquisadores estimaram que, nos EUA, pelo menos 10,5 milhões de pessoas têm fibrilação atrial. Os pesquisadores também observaram que novas tecnologias podem revelar que a fibrilação atrial é ainda mais comum do que os novos números.

Fonte: Journal of the American College of Cardiology. DOI: 10.1016/j.jacc.2024.07.014.

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