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Estudo revela diferença entre anos de vida saudável e expectativa de vida

03 de abril de 2025 (Bibliomed). Um estudo global revelou que as pessoas vivem, em média, 9,6 anos com doenças ou condições que comprometem sua qualidade de vida. Essa diferença, chamada de "lacuna saúde-vida" (healthspan-lifespan gap), foi investigada em 183 países membros da Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com a pesquisa, as mulheres apresentam uma diferença média de 2,4 anos a mais que os homens entre os anos vividos e os anos vividos com saúde. Essa desigualdade está ligada, principalmente, ao maior impacto das doenças não transmissíveis, como diabetes, câncer e doenças cardiovasculares, na população feminina.

Os dados utilizados no estudo cobrem duas décadas de acompanhamento e mostram que a lacuna saúde-vida tem aumentado globalmente. Nos Estados Unidos, por exemplo, essa diferença chega a 12,4 anos, uma das maiores entre os países avaliados. A alta prevalência de doenças crônicas no país é um dos fatores que explicam esse número alarmante.

A pesquisa reforça que, apesar dos avanços na expectativa de vida, muitos anos são vividos com limitações de saúde. A lacuna saúde-vida é uma ameaça à longevidade saudável, alertando para a necessidade de políticas públicas que priorizem não apenas a extensão da vida, mas também a qualidade dela. Isso inclui o controle de doenças crônicas, promoção de hábitos saudáveis e melhor acesso à saúde preventiva.

Este estudo destaca a importância de compreender como as doenças impactam diferentes populações e a necessidade de ações globais para reduzir o tempo vivido com limitações, promovendo uma vida mais saudável para todos.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2024.50241.

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