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16 de janeiro de 2025 (Bibliomed). Um estudo realizado na Coreia do Sul apontou que o tempo necessário para ex-fumantes reduzirem seu risco de doenças cardiovasculares (DCV) depende da quantidade de cigarro acumulada ao longo da vida. A pesquisa analisou mais de 5,3 milhões de pessoas e observou que ex-fumantes com histórico leve de tabagismo (menos de 8 "anos-maço", unidade que considera o tempo e a quantidade de cigarros fumados) podem alcançar um risco cardiovascular semelhante ao de pessoas que nunca fumaram dentro de 10 anos após parar de fumar.
Por outro lado, para aqueles que acumularam 8 anos-maço ou mais, o risco residual de doenças cardíacas, como infarto, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca, demora mais para se dissipar, podendo levar mais de 25 anos para se igualar ao dos não-fumantes. Isso significa que, mesmo após parar de fumar, ex-fumantes com uma longa história de tabagismo permanecem em maior risco cardiovascular por décadas.
Esses achados destacam a importância de parar de fumar o quanto antes para evitar o acúmulo de anos-maço e reduzir o impacto do tabagismo na saúde cardiovascular. O estudo reforça que ex-fumantes, especialmente os com histórico mais intenso, devem manter cuidados contínuos com o coração e considerar estratégias de prevenção secundária para minimizar os riscos.
Para quem fumou menos ao longo da vida, o benefício de parar de fumar é evidente em menos tempo. A pesquisa oferece uma visão importante para a saúde pública, incentivando a cessação do tabagismo e ressaltando que nunca é tarde para começar a cuidar do coração.
Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2024.42639.
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