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Por AliciaMarie Belchack
NOVA YORK (Reuters Health) - Com o passar do tempo, pessoas que quiseram ter filhos mas não conseguiram estão tão satisfeitas com suas vidas quanto aquela, da mesma idade, que são pais, sugerem resultados de um novo estudo.
A única diferença parece ser que adultos sem filhos têm vidas sociais mais ativas do que aqueles com filhos crescidos, de acordo com a pesquisa.
O estudo com 854 aposentados da Flórida descobriu que as pessoas sem filhos participavam com maior frequência de clubes e organizações, viagens, exercícios e atividades esportivas do que pais idosos.
No geral, 72 por cento tinham filhos, 21 por cento não tinham filhos e 7 por cento disseram que nunca se casaram ou que o fizeram muito tarde para ter filhos.
Em relação à auto-estima, bem-estar psicológico e satisfação com a vida, pessoas com filhos e aquelas involuntariamente sem filhos apresentaram resultados similares.
"Esse estudo sugere que adultos mais velhos sem filhos conseguem compensações usando outras fontes de relações (para interação social)", disse Melinda Forthofer, da Universidade de South Florida. "Ele sugere que não devemos supor que pessoas que não podem ter filhos não podem ter vidas completas e satisfatórias."
Os resultados da pesquisa, apresentados em um encontro recente da American Public Health Association (Associação Americana de Saúde Pública), desafia idéias anteriores sobre o bem-estar de adultos sem filhos passados alguns anos e oferece algum consolo a pessoas lutando contra problemas de infertilidade.
"Existe uma idéia de que não ter filhos representa uma grande frustração de uma meta de vida importante e que teria um impacto psicossocial negativo nessas pessoas", disse Forthofer à Reuters Health.
Os filhos adultos têm um importante papel nas relações sociais de pais mais velhos e dão apoio físico e emocional, destacou a pesquisadora. Sua ausência poderia colocar adultos em desvantagem de interação social e apoio.
Mas, "esse estudo mostra que, em muitos casos, não houve diferenças entre pessoas sem filhos e aquelas que eram pais em relação ao bem-estar psicossocial e à satisfação com a vida", afirmou Forthofer.
"Para aqueles que, cedo em suas vidas, estão perguntando-se 'como posso superar essa (infertilidade)', o estudo que acabei de concluir revela que a maioria das pessoas supera o problema muito bem", disse Forthofer.
"As relações sociais de pessoas sem filhos podem ser tão ricas e completas quanto a daqueles que são pais."
Sinopse preparada por Reuters Health
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