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27 de novembro de 2024 (Bibliomed). Um estudo recente revelou que mais de metade da população global consome níveis inadequados de diversos micronutrientes essenciais à saúde, como cálcio, ferro e vitaminas C e E. A pesquisa, realizada por cientistas da Harvard T.H. Chan School of Public Health, da UC Santa Barbara (UCSB) e da Global Alliance for Improved Nutrition (GAIN), é a primeira a fornecer estimativas globais de consumo insuficiente de 15 micronutrientes cruciais para a saúde humana. Os resultados foram publicados na revista The Lancet Global Health.
A deficiência de micronutrientes é uma das formas mais comuns de desnutrição em todo o mundo, trazendo consequências graves, como problemas na gravidez, cegueira e maior suscetibilidade a doenças infecciosas. O estudo utilizou dados de bancos globais de dieta e de pesquisas alimentares em 31 países, avaliando se o consumo atende às necessidades recomendadas para a saúde.
Os resultados mostram que deficiências significativas existem para quase todos os micronutrientes avaliados, especialmente iodo (68% da população global), vitamina E (67%), cálcio (66%) e ferro (65%). Mulheres apresentaram maiores índices de deficiência de iodo, vitamina B12, ferro e selênio em comparação aos homens. Já os homens consumiram níveis insuficientes de cálcio, niacina, tiamina, zinco, magnésio e vitaminas A, C e B6.
Os achados da pesquisa destacam a importância de intervenções dietéticas eficazes para preencher essas lacunas nutricionais e melhorar a saúde global. Segundo os pesquisadores, a ausência de dados detalhados sobre o consumo alimentar individual pode limitar as conclusões, mas ainda assim o estudo oferece insights importantes para políticas de saúde pública.
Fonte: The Lancet Global Health. DOI: 10.1016/S2214-109X(24)00276-6.
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