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26 de novembro de 2024 (Bibliomed). Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, descobriram que o jejum intermitente pode trazer tanto benefícios quanto riscos à saúde. Estudos anteriores já demonstraram que dietas de baixa caloria e jejum intermitente podem retardar o envelhecimento e prolongar a vida, beneficiando não apenas humanos, mas também outros organismos. O novo estudo, realizado em camundongos, identificou um caminho celular que melhora a capacidade regenerativa das células-tronco intestinais, especialmente após o período de jejum, quando os animais voltam a se alimentar.
No entanto, os pesquisadores também encontraram um lado negativo. Durante o período de regeneração, se ocorrerem mutações cancerígenas, os camundongos apresentam maior probabilidade de desenvolver tumores intestinais em estágio inicial. Isso sugere que, embora o aumento da atividade das células-tronco seja benéfico para a regeneração, um excesso dessa atividade ao longo do tempo pode ter consequências menos favoráveis.
Os cientistas ressaltam que esses resultados foram obtidos em camundongos e que mais estudos são necessários para entender se os efeitos são semelhantes em humanos. A pesquisa destaca a importância de considerar tanto os benefícios quanto os riscos do jejum intermitente, especialmente no que diz respeito à regeneração celular e ao risco de câncer.
Além disso, os benefícios regenerativos do jejum podem ser significativos para pessoas submetidas a tratamentos que danificam o revestimento intestinal, como a radioterapia. Estudos futuros explorarão se suplementos de poliamina podem estimular a regeneração sem a necessidade de jejum.
Fonte: Nature. DOI: 10.1038/s41586-024-07840-z.
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