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Adaptar casas ajuda sobreviventes de AVC a permanecerem independentes

04 de novembro de 2024 (Bibliomed). Barras de apoio, assentos de banho, rampas e outras intervenções de segurança permitem que muitos sobreviventes de acidente vascular cerebral (AVC) vivam de forma independente e reduzem o risco de morte prematura, confirma uma nova pesquisa realizada na Washington University, nos Estados Unidos. Um em cada oito sobreviventes de AVC morre um ano após deixar o hospital.

A equipe testou um programa em St. Louis, no qual terapeutas ocupacionais visitam as casas de sobreviventes de AVC. Os terapeutas procuram barreiras, como banheiros baixos ou escadas sem corrimão, e então fazem melhorias que atendem às necessidades individuais do paciente. Eles também ensinam aos sobreviventes de AVC a resolver problemas e a como encontrar transporte acessível.

Pacientes com AVC com deficiências físicas e mentais menores geralmente vão para a reabilitação ambulatorial após deixarem o hospital. Aqueles com danos graves geralmente vão a um centro de enfermagem especializado para cuidados e terapia contínuos.

O estudo concentrou-se em 25% dos pacientes com deficiências físicas e mentais moderadas. Esses pacientes geralmente vão para a reabilitação hospitalar para se prepararem para a vida por conta própria, mas suas vidas em casa não serão as mesmas. Uma tarefa simples, como puxar uma camisa do cesto de roupa suja, testa os músculos enfraquecidos por um AVC. O equilíbrio comprometido torna o uso do banheiro um desafio, e subir escadas pode parecer uma pista de obstáculos. Tais desafios são uma barreira para o reengajamento com amigos e vizinhos e uma receita para a depressão.

Para saber mais, os pesquisadores estudaram como 183 pacientes com AVC com 50 anos ou mais fizeram a transição da reabilitação hospitalar para a vida em casa. Os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: um recebeu modificações na casa e treinamento de autogestão. O outro recebeu formação em prevenção de AVC. Conclusão: eliminar obstáculos e ensinar os pacientes a resolver problemas salva vidas.

Durante o estudo, dez pessoas que receberam apenas formação em prevenção de AVC morreram, enquanto que não foram registradas mortes no grupo cujas casas passaram por intervenções. Aqueles que receberam modificações em casa e treinamento de autogestão também tiveram menos probabilidade de acabar em uma enfermaria qualificada.

Fonte: Archives of Physical Medicine and Rehabilitation. DOI: 10.1016/j.apmr.2024.05.015.