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26 de agosto de 2024 (Bibliomed). Nos Estados unidos, nove em cada 10 adultos estão nos estágios iniciais, intermediários ou finais de uma síndrome que leva a doenças cardíacas e quase 10% já têm a doença, indica um estudo realizado na Universidade de Harvard.
Os pesquisadores analisaram especificamente as taxas do que a American Heart Association chamou de síndrome cardiovascular, renal e metabólica (CKM), fatores inter-relacionados que progridem com o tempo e, se não forem controlados, levam a doenças cardíacas.
A CKM tem 4 estágios:
- Estágio 1: Acúmulo excessivo de gordura no corpo (um fator de risco para problemas de saúde);
- Estágio 2: Surgimento de outros fatores de risco metabólicos (por exemplo, pressão alta, colesterol alto, diabetes);
- Estágio 3: Surgimento de doença renal de alto risco e/ou previsão de alto risco de doença cardíaca diagnosticada nos próximos 10 anos;
- Estágio 4: Diagnóstico de doença cardíaca completa, com ou sem doença renal.
Para descobrir quantos norte-americanos podem se enquadrar em uma destas quatro categorias, os pesquisadores acompanharam dados de inquéritos federais de saúde dos EUA de 2011 a 2020. Entre os adultos com 20 anos ou mais, apenas 10,6% não apresentavam algum nível de CKM. Cerca de 26% caíram na categoria do estágio inicial 1, o que significa que estavam ganhando níveis perigosos de gordura corporal. Quase metade (49%) dos adultos caiu no estágio 2 da CVM e 5,4% estavam no estágio 3.
Segundo o estudo, 9,2% dos adultos estavam no estágio 4, com doença cardíaca grave e, em alguns casos, insuficiência renal. Todos esses números permaneceram praticamente inalterados ao longo do período de estudo de nove anos, mostrando que a gravidade da síndrome aumenta com a idade: 55,3% das pessoas com 65 anos ou mais estavam em estágio avançado da síndrome CKM, em comparação com 10,7% das pessoas com idade entre 45 e 64 anos e 2,1% das pessoas com idade entre 20 e 44 anos, o estudo aponta. A cor da pele também importa, com os negros americanos sendo 38% mais propensos a sofrer da síndrome CKM em comparação com os brancos.
Fonte: Journal of the American Medical Association. DOI: 10.1001/jama.2024.6892.
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