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São Paulo, 06 de Dezembro de 2000(eHLA). Depois que foram encontrados mais de 30 focos do mosquito transmissor da dengue no litoral norte de São Paulo, a Vigilância Sanitária da Prefeitura de São Sebastião, decidiu intensificar o trabalho de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. A partir da próxima semana equipes da vigilância sairão às ruas para orientar os moradores sobre as medidas preventivas quanto ao aparecimento de focos.
No verão, os ponteiros dos termômetros começam a se elevar. Em certas localidades, o calor pode ser acompanhado de chuvas, que enchem de água aqueles recipientes esquecidos no quintal de casa. Eis o ambiente ideal para a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito do dengue, doença considerada endêmica no Brasil. Até setembro deste ano, ela fez 191 598 vítimas em todo o território nacional. “O calor acelera o ciclo biológico desses insetos. Eles ficam adultos mais depressa e sua população vai crescendo como uma bola de neve”, explica a engenheira sanitarista Carmen Moreno Glasser, da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen). Focos da doença vem sendo encontrados na região portuária, em São Sebastião, desde 1997. O combate ao mosquito vem sendo feito pela Vigilância Sanitária e pela Sucen.
A Doença
A dengue é uma moléstia causada por vírus e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, de origem africana. Em geral, o inseto mede 0,5 centímetro, é escuro, com patas finas e manchadas de branco. Para se reproduzir, a fêmea do bicho precisa do sangue humano. Ao picar alguém infectado com um dos quatro vírus da doença, ela se contamina e passa a transmiti-lo a cada nova ferroada. Os ataques costumam ser ao amanhecer e no crepúsculo. Os sinais da doença são febre, fraqueza, moleza e dor no corpo. Não existe tratamento. Se uma pessoa que já teve dengue for novamente picada, corre risco de morte, porque pode desenvolver dengue hemorrágica, tipo mais grave que o primeiro. No verão, as medidas para afastar o mosquito devem ser redobradas, porque ele se reproduz com mais rapidez no calor.
Como prevenção, a Vigilância Sanitária orienta a população que não deixe recipientes como garrafas, barris e pneus esquecidos no quintal. Eles se enchem com a água das chuvas e o ambiente se torna ideal para a proliferação do mosquito. Além disso, é importante colocar areia nos pratos que ficam sob os vasos, que também acumulam líquidos.
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