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Uganda faz Acordo Para Reduzir Preços de Drogas Anti-Aids

Por Paul Busharizi

KAMPALA (Reuters)
- O governo de Uganda anunciou sábado que firmou um acordo com indústrias farmacêuticas garantindo que pacientes com Aids possam comprar drogas anti-retrovirais por preço reduzido.

"As reduções do custo da terapia dupla estão entre 40 e 68 por cento enquanto para a terapia tripla negociamos uma redução entre 24 e 70 por cento", disse o ministro da Saúde, Crispus Kiyonga, em entrevista coletiva.

As empresas norte-americanas Merk & Co. e Bristol-Myers Squibb Co, a britânica Glaxo Wellcome Plc e a suíça Roche Holding AG vão fornecer remédios para a população ugandense.

Kiyonga informou que, inicialmente, as negociações entre o governo e os fabricantes de medicamentos haviam reduzido o custo das drogas contra Aids de 1 mil dólares mensais em 1997 para 214 dólares por mês no fim de novembro.

Antes do novo acordo, a terapia dupla custava entre 214 dólares e 321 dólares mensais, enquanto a terapia tripla variava entre 380 dólares e 602 dólares. Os índices anunciados sábado serão aplicados sobre os preços pagos pelo ugandenses no fim de novembro de 2000.

Uganda é um dos países mais atingidos pela pandemia de Aids que já infectou mais de 25,3 milhões de africanos. Atualmente, há 1,7 milhão de ugandenses vivendo com Aids e cerca de 900 mil morreram em consequência da doença desde que foi identificada em Rakai, no sul do país, em 1982.

Apesar da redução de preços, Kiyonga afirmou que o governo ainda não pode arcar com o custo do fornecimento universal das drogas. "Com nosso orçamento, ainda não temos recursos para ajudar as pessoas a obter os medicamentos", admitiu o ministro.

O diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para Aids (Unaids), Peter Piot, concordou com Kiyonga, dizendo ser impossível oferecer cobertura universal.

Inicialmente, as drogas estarão disponíveis em cinco hospitais da capital, Kampala.

"Tínhamos que começar na cidade porque a administração dessas drogas exige infra-estrutura e especialistas que não são amplamente disponíveis", disse Kiyonga.

"Agora, a meta é atingir os hospitais regionais, mas precisamos de recursos para oferecer a infra-estrutura básica nesses locais", explicou o ministro.

Sinopse preparada por Reuters Health

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