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Quem trabalha com inteligência artificial tem mais chances de ter insônia, beber e viver sozinho

19 de dezembro de 2023 (Bibliomed). Um novo estudo descobriu que as pessoas que trabalham com sistemas de inteligência artificial (IA) podem se sentir solitárias, sofrer de insônia e beber mais depois do trabalho, indica estudo da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos.

A pesquisa envolveu quatro experimentos nos Estados Unidos, Taiwan, Indonésia e Malásia. Em um experimento, 166 engenheiros de uma empresa biomédica taiwanesa que trabalha com sistemas de IA foram questionados sobre seus sentimentos de solidão, ansiedade de apego e sensação de pertencimento. Aqueles que trabalharam com mais frequência com sistemas de IA eram mais propensos a sentir solidão, insônia e aumento do consumo de álcool depois do trabalho, mas também mostraram comportamentos de ajuda em relação aos colegas de trabalho.

Em outro experimento com 126 consultores imobiliários na Indonésia, metade foi instruída a não usar sistemas de IA por três dias, enquanto os outros foram instruídos a trabalhar com sistemas de IA o máximo possível. As descobertas para as pessoas que trabalharam com IA foram semelhantes às do primeiro experimento, exceto que não houve associação entre a frequência do uso de IA e o consumo de álcool após o trabalho. Descobertas semelhantes foram observadas em um experimento online com 214 trabalhadores nos Estados Unidos e 294 funcionários em uma empresa de tecnologia da Malásia.

Os pesquisadores também descobriram que aqueles com altos níveis de ansiedade de apego, que se sentem inseguros e preocupados com as conexões sociais, relataram que trabalhar com sistemas de IA os tornava mais propensos a ajudar os outros, além de sofrerem de solidão e insônia.

Por outro lado, trabalhar com sistemas de IA pode trazer alguns benefícios, descobriram os pesquisadores. Por exemplo, os funcionários que usam sistemas de IA têm maior probabilidade de ajudar os colegas de trabalho, mas isso pode ser desencadeado pela solidão e pela necessidade de contato social.

Fonte: Journal of Applied Psychology. DOI: 10.1037/apl0001103.