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Genes podem influenciar transtorno alimentar raro

28 de julho de 2023 (Bibliomed). Os genes podem ter uma forte influência sobre se as crianças desenvolvem o transtorno alimentar restritivo evitativo (ARFID), um distúrbio alimentar marcado por escolhas alimentares extremamente limitadas.

Este é um diagnóstico relativamente novo que descreve pessoas que limitam severamente os tipos ou a quantidade de alimentos que ingerem - mas não devido a preocupações com a imagem corporal ou a busca pela magreza. Em vez disso, a comida é o centro da questão. As pessoas com ARFID podem ter uma forte aversão a vários sabores, cheiros ou texturas, ter pouco apetite ou podem ter medo de engasgar, vomitar ou sofrer uma reação alérgica se comerem um alimento desconhecido (muitas vezes com base em uma experiência anterior).

Os pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, analisaram dados de quase 17.000 pares de gêmeos, e descobriram que os genes pareciam explicar 79% do risco de ter ARFID.

Os participantes tinham entre 6 e 12 anos, e, no geral, 2% das crianças no estudo tinham um "fenótipo" ARFID - o que significa que apresentavam sinais e sintomas do distúrbio, com base nos relatórios dos pais e nos registros médicos e de medicamentos prescritos.

Como parte da análise, os pesquisadores levaram em consideração condições médicas que podem afetar o apetite e a alimentação, bem como o autismo, que pode tornar as crianças comedoras altamente seletivas.

Em geral, as crianças pequenas tendem a ser seletivas com a alimentação, mas isso muda com o passar do tempo. Já no caso das ARFID, os hábitos alimentares vão se tornando mais rígidos à medida que envelhecem. Isso pode levar a deficiências nutricionais e crescimento atrofiado, além de problemas de convivência social, especialmente entre adultos.

Fonte: JAMA Psychiatry. DOI: 10.1001/jamapsychiatry.2022.4612.

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