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Ocitocina tem mesmo poder de unir as pessoas?

12 de julho de 2023 (Bibliomed). O “hormônio do amor” ocitocina pode não desempenhar o papel crítico na formação de laços sociais que os cientistas há muito acreditam, sugere um novo estudo realizado na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

O estudo, realizado com animais, mostrou que os ratos criados em receptores para ocitocina tinham os mesmos comportamentos monogâmicos de acasalamento, apego e parentalidade que os ratos normais.

A espécie de ratos utilizada no estudo é conhecida por criar relações monogâmicas ao longo da vida. Nos anos de 1990, estudos mostraram que drogas bloqueadoras de ocitocina deixavam os ratos incapazes de formar pares.

Para aprofundar essa relação, os pesquisadores usaram ferramentas de edição de genes para criar ratos que não tinham receptores de ocitocina funcionais. Eles então testaram a capacidade dos ratos alterados de formar relacionamentos duradouros com outros ratos.

Os resultados mostraram que os ratos mutantes formavam pares tão prontamente quanto os normais. As fêmeas também foram capazes de dar à luz e fornecer leite para seus filhotes, outra surpresa, já que a ocitocina provavelmente desempenha um papel tanto no nascimento quanto na lactação.

Os pesquisadores explicam que esses resultados são importantes para o desenvolvimento de melhores tratamentos para condições de saúde mental, como autismo e esquizofrenia, que interferem na capacidade de uma pessoa formar vínculos sociais.

Fonte: Neuron. DOI: 10.1016/j.neuron.2022.12.011.

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