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Deficiência crônica de ferro afeta função cognitiva na primeira infância

16 de junho de 2023 (Bibliomed). Um estudo longitudinal de referência, realizado na Costa Rica na década de 1980, constatou que crianças com deficiência crônica de ferro em comparação com bom estado de ferro na infância tiveram escores cognitivos de 8 a 9 pontos mais baixos até os 19 anos de idade. Pesquisadores realizaram estudo tendo como objetivo examinar essa associação em um ambiente contemporâneo de muitos recursos.

Este foi um estudo observacional prospectivo de crianças de 12 a 40 meses rastreadas com hemoglobina e ferritina sérica. Todos os pais receberam orientação sobre dieta; as crianças receberam ferro oral de acordo com o status de ferro. Após 4 meses, as crianças foram agrupadas como: deficiência crônica de ferro (anemia por deficiência de ferro no início do estudo ou deficiência de ferro não anêmica persistente) ou suficiência de ferro (IS) (IS no início do estudo ou deficiência de ferro não anêmica resolvida). Os resultados medidos aos 4 e 12 meses incluíram o Early Learning Composite (das Escalas Mullen de Early Learning) e a ferritina sérica.

De 1.478 crianças rastreadas, 116 foram incluídas (41 crônicas, 75 suficientes). Usando análises multivariáveis, a média das diferenças entre os grupos no Early Learning Composite aos 4 meses foi de -6,4 pontos e aos 12 meses foi de -7,4 pontos. A diferença média entre os grupos na ferritina sérica aos 4 meses foi de 14,3µg/L e não foi significativamente diferente aos 12 meses.

O estudo conccluiu que as crianças com deficiência crônica de ferro, em comparação com crianças com suficiência de ferro, demonstraram melhora no estado de ferro, mas pontuações cognitivas de 6 a 7 pontos mais baixas 4 e 12 meses após a intervenção. Pesquisas futuras podem examinar os resultados de uma estratégia de triagem com base na detecção precoce da deficiência de ferro usando ferritina sérica.

Fonte: Pediatrics. DOI: 10.1542/peds.2021-055926.