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Vacina de Covid-19 pode aumentar duração do ciclo menstrual

29 de novembro de 2022 (Bibliomed). Um novo estudo confirmou a ligação entre as mulheres que receberam a vacina Covid-19 e um ciclo menstrual mais longo. Os pesquisadores descobriram que o grupo vacinado teve uma mudança temporária na duração do ciclo de cerca de 0,71 dias após a primeira dose da vacina, confirmando os resultados de um estudo anterior nos EUA que vinculou a vacinação Covid-19 com um aumento médio na duração do ciclo menstrual de menos de um dia.

De acordo com os pesquisadores, em comparação com o grupo não vacinado, os indivíduos vacinados tiveram um aumento ajustado na duração do ciclo menstrual de menos de um dia com a primeira e a segunda dose da vacina. Mulheres que receberam duas doses de uma vacina COVID-19 em um único ciclo tiveram um aumento ajustado na duração do ciclo de 3,70 dias em comparação com as não vacinadas.

Uma mudança na duração do ciclo de menos de oito dias é considerada dentro da faixa normal de variação. Embora essa variação temporária do ciclo não alarme os profissionais de saúde, a mudança em uma função corporal que controla a fertilidade pode contribuir para a hesitação da vacina.

Os pesquisadores analisaram dados anônimos do ciclo menstrual de um aplicativo de rastreamento de fertilidade chamado Natural Cycles. Ao todo, dados de 19.622 participantes foram analisados, sendo que 14.936 foram vacinadas. Dados de quatro ciclos consecutivos foram estudados. O tipo de vacina, Moderna ou Pfizer, não alterou os resultados.

Quase 1.400 participantes, ou 6,2% das mulheres vacinadas, experimentaram uma oscilação maior na duração do ciclo de oito ou mais dias. As maiores mudanças de ciclo ocorreram entre mulheres mais jovens que tendiam a ter ciclos mais longos antes da vacinação. O aumento na duração do ciclo, ou maior tempo entre sangramentos, não foi associado a nenhuma alteração no número de dias de menstruação ou sangramento.

Fonte: BMJ Medicine. DOI: 10.1136/bmjmed-2022-000297.