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Overdose mata mais negros que brancos nos EUA

24 de agosto de 2022 (Bibliomed). Os Estados Unidos enfrentam uma epidemia de vício em opioides, o que tem aumentado o número de mortes por overdoses no país. Um novo estudo mostrou que pessoas pertencentes às minorias são as mais afetadas.

Enquanto as mortes por overdose aumentaram 24% entre os norte-americanos brancos em 2020, entre os afro-americanos esse aumento foi de 44% e entre os índios e nativos do Alasca, esse aumento chegou a 39%.

Algumas das disparidades foram impressionantes:

- Em 2020, a taxa de mortalidade por overdose entre homens negros com 65 anos ou mais foi quase sete vezes maior que a de homens brancos da mesma idade.
- Jovens negros (de 15 a 24 anos) sofreram o maior aumento na taxa (86%) de mortes por overdose de 2019 a 2020.
- Entre as mulheres índias americanas/nativas do Alasca, aquelas com idades entre 25 e 44 anos viram aumentos de mortes por overdose quase duas vezes maiores que as mulheres brancas da mesma idade.
- As mortes por overdose têm aumentado desde o início da pandemia na primavera de 2020, quando o medo e o isolamento social pioraram as interrupções no acesso a serviços de prevenção, tratamento, redução de danos e apoio à recuperação.

Pessoas em grupos minoritários eram as mais propensas a ter problemas para encontrar ajuda: embora um histórico de uso de substâncias fosse comum entre as mortes por overdose, receber tratamento para abuso de substâncias não era. Apenas cerca de 1 em cada 10 índios americanos/nativos do Alasca/hispânicos teriam recebido tratamento de abuso de substâncias, segundo o estudo. Essa taxa foi ainda menor para os negros, em 1 em cada 12.

O fentanililícito, um opioides sintético que é 50 vezes mais potente que a heroína e 100 vezes mais potente que a morfina, parece ser o principal responsável pelos aumentos acentuados, de acordo com o relatório dos U.S. Centers for Disease Control and Prevention.

Fonte:  Morbidity and Mortality Weekly Report. DOI: 10.15585/mmwr.mm7129e2.

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