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WASHINTGTON (Reuters) - O uso de tecnologia de clonagem para ajudar casais inférteis a
terem filhos é prematuro e, portanto, não é ético, disse um grupo conselheiro de ética
reprodutiva dos Estados Unidos na segunda-feira.
A mesma tecnologia que produziu a ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado, em 1997, pode
ajudar alguns casais a ter bebês, mas isso ainda é muito cedo e muito incerto, disse o comitê de
ética da American Society of Reproductive Medicine (Sociedade Americana de Medicina
Reprodutiva).
"Qualquer tentativa de usar a transferência nuclear de célula somática para clonar um ser
humano é cientificamente prematura e, portanto, não é ética", afirmou John Robertson,
co-presidente do comitê, em um comunicado.
"Mas esforços de pesquisa relacionados devem receber permissão para avançar e nós, da
comunidade ética, devemos continuar a discutir sob que circunstâncias, caso existam, seu uso
pode ser ético", acrescentou Robertson.
A transferência nuclear da célula somática envolve a remoção do núcleo de um óvulo e sua
substituição pelo núcleo, que carrega grande parte do DNA, de outra célula. O método pode
ser usado para clonar um animal, como Dolly, e os diversos camundongos, porcos, vacas e
outros animais que foram clonados.
O método também pode ser usado para ajudar uma mulher infértil a ter um bebê, que
corresponderia a ela geneticamente, ou ajudar um homem infértil a ter um filho que seria um
gêmeo virtualmente idêntico a ele.
No geral, grupos médicos e éticos acreditam que experimentos envolvendo embriões humanos
vivos não são éticos, embora exista um intenso debate sobre o uso de embriões mortos, como
embriões e fetos abortados.
Sinopse preparada por Reuters Health
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