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Doença típica das regiões pobres, a malária está com um crescimento alarmante na região amazônica do país, especialmente no Amazonas e Pará.
Durante os últimos cinco anos, a
Secretaria de Saúde do Pará registrou um aumento de 142% nos casos da doença.
No estado do Amazonas, no período de 97 a 99, este aumento atingiu 177,6%. Este
problema é considerado de alta gravidade, deixando em estado de alerta o Ministério
da Saúde.
O Governo, segundo o secretário-executivo do ministério Barjas Negri, já está
preparando um plano de emergência para combater a doença. Este projeto e suas
linhas gerais será elaborado pela Fundação
Nacional de Saúde. A maior preocupação no momento é com o estado do Pará.
De acordo com as estatísticas da Secretaria de Saúde do Pará, os números de
casos da doença caiu em 1995, mas em 98 e no último ano, aconteceu um grande aumento: 248 mil casos e 70 mortes. Em janeiro e fevereiro deste ano, de acordo com os dados disponíveis,
existe um total de 32 mil paraenses com malária.
A malária também está avançando no Amazonas. Em 94 foram registrados 94 mil
casos e dois anos depois , este número pulou para 167 mil. O Programa de Controle de Malária conta com 1050 agentes de saúde e um
orçamento de R$ 5 milhões, que tem entre as suas atividades, o reforço às medidas
através de pulverizações contra o mosquito transmissor e ampliação da rede
de atendimento para efetivar o diagnóstico antes do agravamento do quadro da
pessoa infectada.
A Doença
A transmissão da malária acontece quando uma pessoa é infectada pelo protozoário
plasmódio, transmitido pelo mosquito anopheles. Os sintomas são: a febre, dor
de cabeça, cansaço e dores musculares que acontecem no período de sete a 14
dias. Se o tratamento não for imediato, os sintomas evoluem para convulsões e
delírios que podem levar à morte.
Como não existe vacina eficaz contra a malária, o tratamento é feito com comprimidos à base cloroquina e outras substâncias. Durante os últimos anos,
o parasita tem desenvolvido resistência a quase todos os medicamentos existentes e disponíveis. No Brasil, as áreas mais afetadas são os estados do Amazonas, em zonas rurais e nas regiões das cidades de Alta vIsta, Novo Airão,
Borba e no Pará, na Ilha de Marajó e todo o nordeste daquele estado.
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