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Patente de Viagra é Inválida, Diz Tribunal Britânico

Um tribunal britânico decidiu, nesta quarta-feira, que uma das patentes usadas pelo laboratório Pfizer na fabricação do Viagra não é válida. Com isso, outros laboratórios britânicos podem desenvolver remédios similares. A decisão que é válida apenas na Grã Bretanha, analisou como o remédio funciona inibindo um químico conhecido como PD5. A patente da Pfizer para o processo expira em 2013. O tribunal decidiu que a empresa não pode impedir que concorrentes produzam remédios que também inibam o PD5.

O laboratório Pfizer disse estar “desapontado” com a decisão e estuda um recurso. O tribunal disse que na patente, que data de 1993, era inválida pela obviedade, já que o conhecimento científico em que ela foi baseada já era de conhecimento público.

No Brasil, o Viagra é a grande estrela do laboratório, que inclusive está ampliando sua fábrica em Guarulhos para fabricar a pílula antiimpotência. O Viagra, com um faturamento mensal médio equivalente a US$ 3 milhões nos últimos seis meses, e um total de vendas de US$ 29 milhões no ano passado, já é de longe o produto mais vendido pela empresa no mercado nacional, representando 24% dos negócios locais do laboratório.

Desde o surgimento do Viagra, as pesquisas realizadas pela Pfizer mostram que enquanto em 1997 os tratamentos para combater a impotência movimentavam anualmente pouco mais de US$ 2,6 milhões, no ano seguinte esse montante saltou para US$ 23,6 milhões. E o remédio só foi lançado em junho. No ano passado, a cifra total, no Brasil, chegou aos US$ 36 milhões, devendo passar este ano dos US$ 40 milhões.

Só o Viagra registrou um aumento das vendas de 70% em maio deste ano, em relação ao mesmo mês do ano passado. Em termos mundiais, o medicamento faturou, no ano passado, mais de US$ 1 bilhão. Pesquisas mostram que, no Brasil, 52% dos homens acima dos 40 anos têm algum grau de disfunção erétil, o que leva a uma estimativa de mais de 11 milhões de potenciais consumidores do produto.

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