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Intolerância a estatinas é superestimada

15 de março de 2022 (Bibliomed). A intolerância dos pacientes às drogas estatinas para baixar o colesterol é "superestimada" e "superdiagnosticada", segundo um novo estudo da Universidade Médica de Lodz e da Universidade de Zielona Gora, na Polônia.

Uma revisão de 4 milhões de pacientes mostrou que até um em cada dois pacientes para de tomar estatinas porque acreditam que os medicamentos para baixar o colesterol causam dores musculares e outros efeitos colaterais, mas a prevalência atual de intolerância a estatinas em todo o mundo está entre 6% e 10%.

Os resultados mostraram que pessoas mais velhas, do sexo feminino, de raça negra ou asiática, obesas, que sofriam de diabetes, tinham glândulas tireoides pouco ativas ou tinham insuficiência hepática ou renal crônica eram mais propensas a serem intolerantes às estatinas. Os autores medicamentos para controlar batimentos cardíacos irregulares, uso de bloqueadores dos canais de cálcio, consumo de álcool e uso de doses mais altas de estatina com maior risco de intolerância a estatina. O aumento do risco de estatina variou de 22% para aqueles com alto consumo de álcool a 48% daqueles que eram do sexo feminino nesses grupos.

Os pesquisadores disseram que as descobertas mostram que os pacientes correm um risco maior de complicações com níveis elevados de colesterol, como problemas cardíacos e nos vasos sanguíneos, incluindo morte, porque a intolerância às estatinas é “superestimada e superdiagnosticada”.

Fonte: European Heart Journal. DOI: 10.1093/eurheartj/ehac015.