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12 de abril de 2021 (Bibliomed). A variante britânica do novo coronavírus pode ser até 100% mais mortal do que as cepas originais do vírus, sugere um estudo da Universidade de Exeter, na Inglaterra. A variante B.1.1.7, que foi identificada pela primeira vez em Kent, Inglaterra, em setembro, causou 227 mortes em 54.906 pacientes infectados. Em comparação, entre uma população semelhante de pessoas doentes com cepas anteriores do vírus, 141 morreram, disseram os pesquisadores.
Os pesquisadores explicam que a variante B.1.1.7 tem maior capacidade de se espalhar rapidamente, tornando-a mais ameaçadora. Além disso, ela é mais contagiosa do que as cepas anteriores e foi a principal razão para a rodada mais recente de bloqueios na Grã-Bretanha. Ela já foi detectada em mais de 50 países em todo o mundo.
O estudo comparou as taxas de mortalidade entre pessoas infectadas com a nova variante e aquelas infectadas com outras cepas. A maior transmissibilidade da variante do Reino Unido significa que mais pessoas que antes seriam consideradas de baixo risco foram hospitalizadas. Com 62% a mais de mortes associadas à variante, em comparação com as cepas anteriores, os pesquisadores estimam que seja entre 30% e 100% mais mortal do que aquelas originadas na China.
Os autores explicam que o coronavírus parece ser capaz de sofrer mutações rapidamente, e por isso é uma preocupação real de que outras variantes surjam com resistência às vacinas já lançadas. Por isso, eles destacam a necessidade de monitoramento de novas variantes à medida que surgem, medindo suas características e agindo de forma adequada deve ser uma parte fundamental da resposta de saúde pública no futuro.
Fonte: British Medical Journal. DOI: 10.1136/bmj.n579.
Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.
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