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No início de março, 20% da população de Nova York tinha COVID-19

11 de dezembro de 2020 (Bibliomed). A cidade de Nova York teve uma alta taxa de infecção com o novo coronavírus muito antes de seu primeiro caso de COVID-19 ser confirmado em 1º de março, relatam os pesquisadores. Naquela data, mais de 1,7 milhão de pessoas na cidade (cerca de 20% da população) já haviam sido infectadas, e a taxa de mortalidade do COVID-19 era próxima a 1%, ou dez vezes mais mortal do que a gripe.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram cerca de 10.700 amostras de plasma coletadas entre 9 de fevereiro e 5 de julho de 2020. As amostras foram verificadas quanto à presença de anticorpos para infecções anteriores de COVID-19, em vez da presença do vírus.

Dois grupos de amostras de plasma foram testados. O primeiro grupo incluiu mais de 4.100 amostras de pacientes atendidos nos departamentos de emergência do Monte Sinai e de pacientes que foram admitidos no hospital para atendimento de urgência, e se destinava a detectar infecções em pessoas com COVID-19 moderado a grave. O segundo grupo incluiu quase 6.600 amostras de pacientes atendidos em consultas regulares ao consultório/tratamento e foi visto como refletindo as taxas de infecção na população em geral da cidade.

Os pesquisadores ressaltam que, no início do surto, em março, havia pouca capacidade de testa na cidade de Nova York. Segundo eles, esses resultados mostram que houve muitos casos assintomáticos e de leves a moderados que provavelmente não foram detectados, e que a equipe pretende, agora, compreender a dinâmica da infecção na população em geral e em pessoas que procuraram atendimento de urgência.

Fonte: Nature. DOI: 10.1038/s41586-020-2912-6.