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Exposição precoce ao glúten poderia prevenir doença celíaca

19 de outubro de 2020 (Bibliomed). O risco na infância de desenvolver doença celíaca na infância pode ser minimizado se os bebês forem expostos ao glúten já aos quatro meses de idade, sugere pesquisa do King's College London, no Reino Unido. A doença celíaca é uma desordem sistêmica autoimune desencadeada pela ingestão do glúten, uma proteína presente no trigo, cevada e centeio, e que afeta o intestino delgado.

Pacientes celíacos podem controlar evitando completamente o glúten. Mas não há maneira conhecida de prevenir o aparecimento da doença celíaca. As diretrizes atuais estipulam que o risco celíaco não é afetado pela idade em que a pessoa é exposta ao glúten pela primeira vez.

Contudo, os pesquisadores colocaram essa teoria à prova durante uma ampla investigação que examinou o risco de alergia alimentar como um todo, ao invés da doença celíaca, especificamente. A equipe se concentrou em 1.300 bebês ingleses e galeses que participaram de um estudo alimentar entre 2009 e 2012.

Todos foram amamentados exclusivamente até as 13 semanas de idade. Depois disso, metade continuou a ser amamentada exclusivamente até o sexto mês. A outra metade também foi exposta a alimentos potencialmente alérgicos. Esses alimentos incluíam leite de vaca, ovos, amendoim, gergelim, bacalhau e trigo. A equipe pretendia incluir cerca de 4 gramas de proteína de trigo por semana, que contém cerca de 3 gramas de glúten. Aos três anos de idade, houve sete casos de doença celíaca entre o grupo que amamentou exclusivamente, mas zero entre o grupo que foi exposto ao trigo precocemente.

Cerca de 1% da população é afetada pela doença celíaca. Em crianças, a doença celíaca pode permanecer sem diagnóstico por muitos anos, levando a um crescimento deficiente e desnutrição. Em adultos, pode causar enfraquecimento dos ossos, fadiga e, em casos raros, câncer de cólon.

Fonte: JAMA Pediatrics. DOI: 10.1001/jamapediatrics.2020.2893.

Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.

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