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Vinho Pode Diminuir Risco de Câncer de Cólon

AliciaMarie Belchak

NOVA YORK (Reuters Health) - Uma taça de vinho pode fazer mais do que ajudar o coração, segundo pesquisadores. O vinho também pode reduzir o risco de câncer de cólon.

O estudo, apresentado na segunda-feira durante o encontro anual da Escola Americana de Gatroenterologia, indica que pessoas que beberam pelo menos uma taça de vinho por semana conseguiram reduzir suas chances de desenvolver pólipos colorretais -- os predecessores do câncer de cólon.

O risco foi mais reduzido entre pessoas que tomavam vinho do que entre aquelas que se abstiveram ou beberam cerveja ou licor.

"Sabe-se que outros tipos de bebidas alcoólicas podem aumentar o risco de pólipos, no entanto, acredito que, em relação ao vinho, esta é uma nova descoberta", disse Joseph C. Anderson, principal autor do estudo.

"Pessoas que bebem vinho apresentaram menos risco de (desenvolver) um precursor do câncer colorretal", acrescentou Anderson.

Até agora, Anderson estudou cerca de 2.100 pacientes que realizaram exame colorretal. O pesquisador está dando continuidade a seu estudo na Universidade Estadual de Nova York, em Stony Brook, excluindo pacientes com um histórico de doença intestinal inflamatória, pólipos ou câncer de cólon.

Até abril deste ano, os pesquisadores descobriram que somente 1 por cento das pessoas que consumiam vinho desenvolveu pólipos colorretais de 1 centímetro ou maiores. Já 18 por cento das pessoas que beberam cerveja ou licores à base de grãos e 12 por cento das pessoas que não consumiram álcool desenvolveram pólipos.

Além disso, o consumo de vinho reduziu o surgimento de pólipos pela primeira vez mais entre fumantes do que entre não-fumantes. Anderson sugere que esta descoberta indica que o vinho, em vez do estilo de vida, tem algum efeito.

Anderson destacou que estudos recentes demonstram que pessoas que bebem vinho tendem a ter mais consciência de uma vida saudável. Talvez se exercitando mais e comendo mais frutas e vegetais.

"Acredito que a questão precisa ser respondida, independentemente do vinho ou estilo de vida (ser o responsável pelo benefício)", disse Anderson.

"(Mas) acredito que o fato de fumantes apresentarem essa diferença com o vinho parece ir contra a (teoria) de estilo de vida, uma vez que você não pode esperar que pessoas que fumam corram 16 quilômetros por dia ou se preocupem com frutas e vegetais", destacou Anderson.

Além disso, "estas outras coisas precisam ser avaliadas", disse o pesquisador. "Em que ponto o vinho deixa de ser prazeroso ou medicinal e começa a ser uma toxina? Não sabemos", acrescentou Anderson.

Sinopse preparada por Reuters Health

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